Trote agressivo: mais um caso

Da Folha on Line:
"Duas garotas, com idades entre 17 e 18 anos, sofreram queimaduras na pele durante um trote universitário violento em frente à Funec (Fundação Municipal de Educação e Cultura), em Santa Fé do Sul (a 625 km de São Paulo). Uma das moças, de 18 anos, está grávida de três meses.
De acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), por volta das 20h da segunda-feira (9), as duas foram até o local para visitar as instalações da faculdade, onde a jovem grávida pretendia cursar análise e desenvolvimento de sistemas. Segundo a jovem informou à polícia, quando estavam entrando na faculdade, uma mulher --que ainda não foi identificada-- jogou um líquido nas duas.
De acordo com a assessoria da instituição, ainda não é possível saber qual produto usado causou as queimaduras.
As jovens foram socorridas e levadas com queimaduras nos braços e nas pernas a um pronto-socorro da cidade. De acordo com a Funec, as jovens já deixaram o hospital e passam bem, mas não há informações mais detalhadas sobre o estado de saúde das vítimas.
Por meio de sua assessoria, a Funec informou que o ato ocorreu fora da instituição de ensino e que, neste ano, foi realizado um "trote cultural [...] bem diferente dos costumeiros trotes que são físicos", informou, em seu site.
Ainda segundo a assessoria da Funec, no primeiro dia de aula --quando ocorreu o incidente--, a Guarda Municipal acompanhava a realização do trote cultural na instituição.
O caso foi registrado na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), mas a reportagem não conseguiu localizar o delegado responsável pelo caso. "
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Vamos aguardar para ver o que acontecerá aqui em Campos. A Faculdade de Medicina já deixou claro que não admitirá estes trotes agressivos. Segundo nota da instituição, "os novos estudantes vão participar de uma gincana de cidadania durante uma semana sob a coordenação dos veteranos. Ao invés de terem o rosto lambuzado, as roupas rasgadas e serem obrigados e pedir moedinha nos sinais de trânsito, os 96 alunos que estarão ingressando na instituição de ensino terão outro tipo de recepção: vão arrecadar donativos, visitar creches, asilos, e participar de mesas redondas e de atividades culturais."
Que tenhamos outros exemplos assim nas outras faculdades do município. É uma bela oportunidade de mudança de mentalidade.

Comentários

Eu não consigo entender como gente igual a nós instruída e de bons "modos" se deixa levar por uma tradição tão estúpida.
Abçs!
Anônimo disse…
na globo.com

"Por enquanto, a caloura do curso de análise de sistemas Priscila Vieira Rezende Muniz, 18 anos, não quer voltar à faculdade. Grávida de três meses, ela ficou internada de segunda (9) para terça (10) após ter sido queimada com uma mistura de gasolina e creolina jogada por uma veterana.
"O mínimo que deveria acontecer com essa pessoa é ser expulsa da faculdade", afirma Priscila, que já teve alta do hospital. "Eu não vou aparecer na faculdade porque não sei o que pode me acontecer. Vou esperar mais um pouco ainda. Prefiro não correr esse risco", diz.

O trote violento ocorreu na calçada da Fundação Municipal de Educação e Cultura (Funec), em Santa Fé do Sul, no interior de São Paulo."
São atos que causam repugna, e como o Marcos disse, ainda mais por pessoas instruídas.

Abçs
Anônimo disse…
É realmente chocante... E pelo que parece se pensarmos nestas situações, a instrução ou educação formal das pessoas não tem nada a ver, né? O que pega mesmo, me parece, é a cultura de convivência... Tipo, família, sociabilização na escola, etc. É incrível pensar que alguém ensse mundo acha bacana violência e opressão não é? E mesmo em trotes aparentemente "inofensivos" podemos estar no olho de um furacão social (uau! bela frase hahaha)... Escrevi um post sobre a prática do pedaágio no meu blog e até ficou interessante... Estão convidados pra conhecer: www.politicasubstantivofeminino.blogspot.com

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