Ainda Cannes...

A 65ª edição começa hoje e vai até o dia 27

Apesar da indicação de "Na Estrada", de Walter Salles, o cinema brasileiro não terá uma participação de destaque em Cannes neste ano.
O país não emplacou nenhum longa de produção exclusiva na competição oficial, se contentando com duas obras realizadas com coinvestidores estrangeiros.
É o caso de "La Playa", do colombiano Juan Andrés Arango. A coprodução entre França, Colômbia e Brasil, sobre migrantes negros que vão para Bogotá, disputará a mostra oficial Um Certo Olhar.
Na mostra paralela Quinzena dos Realizadores, o Brasil entra como coprodutor ao lado de Argentina e Espanha em "Infância Clandestina", de Benjamín Ávila, um filme autobiográfico sobre uma criança escondida na época do regime militar argentino.
Já na categoria de curta-metragem, o cinema nacional não pode reclamar.
Dois filmes aparecem na Quinzena. "Os Mortos-Vivos", da carioca Anita Rocha da Silveira, e "Porcos Raivosos", codirigido pelo pernambucano Leonardo Sette e pela carioca Isabel Penoni.
Enquanto isso, "O Duplo", da paulista Juliana Rojas, está na Semana da Crítica.
Para não dizer que Cannes se esqueceu dos filmes brasileiros, ainda mais num momento em que o mercado tem olhado para cá, a direção do festival resolveu compensar o país ao colocar "A Música Segundo Tom Jobim", de Nelson Pereira dos Santos, fora de competição.
Além disso, chamou o cineasta Cacá Diegues para presidir o Prêmio Caméra D'Or, concedido para o melhor filme de diretor estreante.
O evento também exibirá os clássicos "Xica da Silva" (1976), de Diegues, "Ópera do Malandro" (1986), de Ruy Guerra, e "Cabra Marcado para Morrer" (1984), de Eduardo Coutinho.

 

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