Liberdade


                                                  Walnize Carvalho

Queria ser livre
Correr mundos
Viver!...
Até que um dia
(que dia!)
Uma ventania de fim de tarde
Satisfez
O seu desejo.
Que felicidade!
Nos braços do vento
Foi em busca
Da vida sonhada
Da viva
Somente vivida
Pelos passarinhos
Que vinham pousar na árvore em que morava.

E
Lá se foi ela.
Feliz
Correu quintais
Atravessou muros
Percorreu estradas...

Até que...
Um vento maroto
 A fez cair
No rio que cortava a cidade.
Levada pelas águas
Se foi para
 um mundo
 liberto
 um mundo
distante
pra não mais voltar..

-Esta é a história de uma folhinha que um dia se foi do pé de carambolas do meu quintal. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Alzira Vargas: O parque do abandono

Carta de despedida de Leila Lopes