Sobre o aborto
A paciente diz para o médico:
- Doutor, o senhor terá de me ajudar num problema muito sério. Este meu bebê ainda não completou um ano e estou grávida novamente. Não quero filhos em tão curto espaço de tempo, mas num espaço grande entre um e outro.
E então o médico perguntou:
- Muito bem. E o que a senhora quer que eu faça?
A mulher, já esperançosa, respondeu:
- Desejo interromper esta gravidez e conto com a ajuda do senhor.
O médico então pensou um pouco e depois do seu silêncio disse a mulher:
- Acho que tenho um método melhor para solucionar o problema. E é menos perigoso para a senhora.
A mulher sorriu, acreditando que o médico aceitaria seu pedido.
E então ele completou:
- Veja bem, minha senhora, para não ter de ficar com os dois bebês, vamos matar este que está em seus braços. Assim, o outro poderá nascer. Se o caso é matar, não há diferença para mim entre um e outro. Até porque sacrificar este que a senhora tem nos braços é mais fácil, pois a senhora não correrá nenhum risco.
A mulher apavorou-se e disse:
- Não doutor! Que horror ! Matar uma criança é um crime!.
O médico sorriu e, depois de algumas considerações, viu que a sua lição surtira efeito e disse:
O crime é exatamente o mesmo.
Comentários
Beijo... bom dia!
confesso que já tinha lido esta "histórinha"(parecendo uma fábula) à alguns dias mas não me estimulei a comentar.
Hoje ao retornar ao post,e ler o corajoso comentário da Alci achei que não podia me omitir.
Digo corajoso porque não é facil assumir a defesa da descriminalização.Pra começar quem o assume não pode nunca pensar em se candidatar a nada(nem a síndico do seu prédio)pois não hà neste país nada mais poderoso que o conservador lobby dos evangélicos com a tradicional igreja católica(sim neste momento eles se unem)reforçando o senso-comum que o bom e honesto candidato é cristão(incrível como até hoje não achei nenhum canalha,seja do telhado de vidro seja do pecado capital que diga que é ateu).
Quebra-se também um falso mito que carregava comigo de que posições como a sua contrária a legalisação do aborto,era coisa de velhinhas beatas,e que bastaria nossa geração chegar ao poder que tudo estaria resolvido.Ledo engano que esquece que todos os temas relacionados as conqistas femininas foram frutos de históricas lutas,muitas vezes pagas com a própria vida.
Dito isto só me resta dizer que esta discussão não pode ser religiosa mas de política de Estado.Uma vez definida,cada lider religioso que cuide do seu rebanho e estimule-os a permanecer dentro dos preceitos em que acreditam.
Um abraço,Renato Gonçalves.
O debate é sempre válido.