Bastidores após a discussão no STF

O bem informado jornalista Josias de Souza nos informa em seu blog o que aconteceu de verdade após o lamentável entrevero envolvendo os ministros Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes. Pelo jeito, as coisas ficarão difíceis para Barbosa.
"A altercação que opôs o presidente do STF, Gilmar Mendes, e o ministro Joaquim Barbosa abriu uma crise no tribunal. Coisa inédita.
Oito dos onze ministros viram-se compelidos a realizar uma reunião de emergência. Foi convocada pelo vice-presidente do Supremo, Cezar Peluso.
Ocorreu na noite desta quarta (22), no gabinete da presidência do STF. Gilmar e Joaquim, embora estivessem no prédio, não participaram.
Ellen Gracie, em viagem ao exterior, também não. Entre os oito presentes, houve reprovação unânime ao comportamento de Joaquim Barbosa.
Divergiram, porém, na forma de reagir. Peluso sugeriu uma censura pública a Joaquim. Foi apoiado por Carlos Alberto Menezes Direito.
Marco Aurélio Mello, um desafeto de Joaquim, divergiu. Disse que não subscreveria nenhum documento que contivesse censura a um colega.
Insinuou que uma reprimenda explícita poderia abrir caminho para um pedido de impeachment contra Joaquim no Senado.
Disse de resto que, sentindo-se irremediavelmente ofendido, Gilmar teria a possibilidade de representar judicialmente contra o ofensor.
Lero vai, lero vem decidiu-se sondar os ânimos de Joaquim. Celso de Mello e Carlos Ayres Britto deslocaram-se até o gabinete dele.
Passado o rififi que eletrificara o plenário e provocara a interrupção prematura da sessão, informara-se que Joaquim fora para casa. Era lorota.
O ministro fora reuminar os rancores em seu gabinete. Foi ali que Celso de Mello e Ayres Britto encareceram a Joaquim que se retratasse publicamente.
Joaquim, porém, não se deu por achado. Disse que lamentava o ocorrido. Mas soou decidido: “Não retiro nada do que disse”.
De volta à sala em que os demais ministros os aguardavam, os dois “embaixadores” informaram que retratação não haveria.
Retomou-se, então, o debate acerca dos termos da nota que seria divulgada à imprensa. A turma dos panos quentes prevaleceu sobre Peluso e Menezes Direito.
Em vez da censura a Joaquim, optou-se por um texto que prestigiasse o presidente do STF. Coisa curta, subscrita por todos.
Os oito reafirmaram “a confiança e o respeito ao senhor ministro Gilmar Mendes”. E lamentaram o ocorrido.
Ouvido pelo repórter, um dos signatários da nota disse: “Em quase 20 anos de Supremo, jamais vivenciei situação tão deprimente e constrangedora”.
Chamara-lhe especial atenção o trecho do bate-boca em que Joaquim dissera a Gilmar que não é um “de seus capangas do Mato Grosso”.
Outro ministro ouvido pelo repórter não chegara a perder o humor. Mas, entre risos, deu uma idéia do futuro reservado a Joaquim Barbosa:
“Ele virou o ministro 10 a 1”. Em português claro: os dez colegas de Joaquim devem levá-lo ao freezer.
Dissemina-se a impressão de que o juiz do mensalão está passando das medidas.
Estaria confundindo, na visão dos colegas, o salutar o exercício da divergência jurídica com a descortesia.
Dono de etiqueta peculiar, Joaquim já se havia estranhado com o próprio Gilmar, com Eros Grau e com Marco Aurélio Mello.
Gilmar sempre manteve com ele relações glaciais. Eros Grau ameaçara interpelá-lo judicialmente. Mas reacuara. Marco Aurélio recusa-lhe até o cumprimento.
Em privado, Celso de Mello também vinha reclamando do comportamento de Joaquim numa das turmas do tribunal.
Parte dos ministros do Supremo tem o hábito de fazer caminhadas ao redor do prédio do tribunal no intervalo das sessões. Uma forma de “esticar as pernas”.
Costumavam convidar Joaquim Barbosa, que padece dores na coluna, para compartilhar dos “passeios”. Talvez não o convidem mais.
Indicado por Lula, Joaquim Barbosa tornou-se personagem notório ao converter em réus os 40 denunciados da “quadrilha” do mensalão.
O ministro brigão completa 70 anos em 2024. Até lá, a menos que Barbosa decida aposentar-se antes da hora, os colegas terão de aturá-lo.
Por precaução, o STF decidiu suspender a sessão marcada para a tarde desta quinta (23).
Receava-se que Joaquim desse nova demonstração pública de desapreço a Gilmar. Torce-se para que, nos próximos dias, os ânimos voltem a serenar."

Comentários

Anônimo disse…
Sou totalmente a favor do Sr. Joaquim Barbosa e contra o amiguinho do banqueiro Daniel Dantas. Já está na hora desse Gilmar Mendes se mandar do STF.
Anônimo disse…
Dá-lhe Joaquim... Esse canalha do Gilmar Mendes precisava ouvir isso, mas que ser humano comum teria tal coragem... So mesmo um intercessor que falou por milhoes de brasileiros cada bravata era uma comemoração. Durma tranquilo... vc pode ter sido dessaprovado por meia duzia de ministros mais será o heroí de milhoes de brasileiros
É a taxa de servilismo e ‘mãos escuras’dos dependurados na ‘ética’ podre da teo-pulhítica: a tentativa de manchar o STF para desabonar pressões sobre cabeças e asseclas do Mensalão. E um desqualificado com seus risinhos num País em extremas dificuldades, explorando as áreas em calamidade e o desespero (sem o mínimo escrúpulo eleitoral), e num absurdo bota sua mascarada "cara" ridícula de usurpador num âmbito de Magistrados, para vender a deslavada "pinta" de "padrasto do Brasil".
O elemento é tão podre que fala "otário" ao invés de notário. Má-fé escrachada? Ou que arranjos o "diplomou? Como pode esse elemento não saber essa distinção? Mais um; estão em tudo quanto é lugar, desmoronando a nação brasileira, com engôdos, dissimulações, trapaças, em fingimentos de "serem do povo". E o povo? (des)informadíssimo como está (como os pulhas queriam); baterá palmas pra escrachados vigaristas. Esse é dos que traíam e surravam os da própria pele. É a fuça do teo-pulhismo do Nazi-Socialismo-Divino.

Toque de Recolher. A Prisão Civil de Adolescentes. O “Reino” do “Socialismo do Céu”. O Último Estrago de Submissão do Embuste Teo-Pulhítico. O Mundo nas Mãos Divinas de Uma Máfia de Canalhas.

“E eu que tinha apenas 17 anos baixava minha cabeça pra tudo, ... , era assim que eu via as coisas acontecer” (Nenhum de Nós) ... Anos 80 ... dias pré-Democracia.

1958 ... Com um barulho intenso de uma tempestade, um infante nasce sentindo o frêmito de um momento gigantesco de uma Nação.
Alguém dissera uma vez acerca do ser humano: “Note o homem, ele é uma ‘antena’ sensibilíssima”.

Um gurizin não tem nem oito anos de idade e aguça atenção sobre notícias de jornais; ele sente as freqüências confusas, e uma penumbra esquisita tomar o fulgor das cores de sua Pátria.
De pé, na chuva, um homem observava um portento erigido com orgulho, esforço, e um peito destemido, mas amargava um misto de pavor e desgosto indescritível; ao invés de estar contente com seus feitos em prol da nação, sentia o gosto da infâmia, da ingratidão, da perseguição, por melhorar a sociedade civil em que prestava serviço; o maior estadista brasileiro de todos os tempos: Juscelino Kubistchek; chorava ao ver Brasília. O coração estraçalhado do gosto do exílio (porque serviu bem ao seu País) notou o tentáculo do terror pederasta que destruiu Roma, Grécia,..., e viu-o ali fincado com as garras enterradas na Cidade que orgulhara o Brasil entre as capitais do mundo.

O Brasil não podia erguer-se daquela maneira, desafiando a submissão dos aterrorizadores das nações, sem o tutelamento dos manipuladores de cabeças, dos usurpadores de riquezas, sem o crachá e as marcas dos parasitas em cada tantinho da vida do brasileiro. O Exército tomou a frente antes que o Brasil virasse cópia da Índia e esterco ressequido na mão de cercadores divinos de gente.

Levanta-se Sarney com o fardo de uma tarefa imensa. Pego de surpresa, mas com tutano e escrúpulo civil, abre a Lei Rouanet, livra o País de censura, equipara o dinheiro nacional ao dólar; fala sem sofismas, sem mentira, o que era “rentabilidade”, instrui o povo, prepara o País para um futuro promissor.
Mas de novo a penumbra espreita a vivacidade dos Anos 80.

No afã de criatividade e ousadia e vigor democrático do mundo, parando tanques, quebrando muralhas, espocando luzes e músicas, os cidadãos sentem o brilho da sapiência humana e vislumbram o despontar de uma civilidade inebriante. Mas o espesso e negro resto dos tuteladores da liberdade civil se amancomuna em um conluio medonho, nocivo, temulento, e dissemina o vírus da discórdia, disfarçado de “paz”, “caridade”, “segurança”, e, “família”.
O esgôto da dissimulação infiltra-se na Política, e paulatinamente transforma a autonomia representativa da Nação em dependurados cargos de capachos sacralizados, e prepara fantoches depredadores, forjados como plágios dos autênticos construtores da soberania civil do povo brasileiro. A violência irrompe desenfreada. Homens de valor caem, um por um, outros contêm suas vozes, ante à manipulação insana da turba de anencéfalos armados de divinos e encarnados intuitos. Uma gente “do bem” com cacoetes e torcimentos de bocas encosta na Educação, contaminando aceleradamente os Conceitos, cerceando os frutos dos Sociólogos, usurpando a Psicologia, comendo a Economia; cresce como um tumor encostando no lóbulo réptil das cabeças das pessoas, deformando a sonância e o esmêro da identidade da expressão brasileira num esquisito formato dependurador de vantagens com o endosso nojento de uma língua peguenta e o esgoto do curral divino.

Superior Tribunal Federal: passado à prova por incessante processo de injuriação e descrédito público dá a todos os brasileiros a oportunidade de ver o espúrio modo dos “cotistas” da teo-pulhítica manchar o trabalho da Justiça no País. O lado negro da covardia, no molde repetido de como se cercava os escravos com a própria raça, provoca o achincalhe estapafúrdio da alta magistratura do País ante a face lívida da Nação. A Justiça tem seu dia de repúdio próprio por ter sido condescendente com o símbolo do Terror postado atrás das cadeiras dos Tribunais; e não ter ajudado as Forças Armadas a não se adularem com os astutos e “capacitados” mercadores e seguidores da astúcia divina.

A Sociedade pena sob imensa e covarde submissão. A mentira deslavada tornou-se praxe, tornou-se “regulamento” do “se dar bem”. Quer andar na rua sem ser molestado? Pague. Quer telefonar pra alguém em confidente declaração? Esqueça. Quer correr livre nos gramados? Ele foi remanejado pros saltitos “bonitinhos” dos cachorros (Temos que estar distraídos a todo custo). A corrupção teocrática enriquece soberbamente os canalhas mais “capacitados” pela falta de qualquer escrúpulo. De esmolas obrigatórias à roubo descarado de propriedades, e dinheiro civil dado à força pra insufladores de guerras e terrorismos, os nababos drenam sem pena a riqueza dos que produzem; é o parasitismo teo-pulhítico que dizimou sem dó até a última umidez do osso os povos antes de nós.

Somos jovens, somos adultos, somos seres humanos para ver. Temos, por Natureza, a História para ver, e a consciência para refletir, e o brio civil para resistir.

“Pra quê estudar? Não é isso que me faz prosperar”. É isso que se ensina como lição nacional. “Pra quê crasear a forma léxica? Isso não faz bem à minha preguiça psicológica; não tô nem aí pra performance inigualável de nossa Língua!”. Aquela marca usurpadora da bandeira e dos símbolos da pátria brasileira borrada nos documentos da União Federativa do Brasil e no casco daquele navio dará tudo que a desonestidade conseguir vender à quem for “esperto”.

“Eu tô bem; ‘na paz’; meu filho tem a polícia, o (de)governo, e as igrejas, pra educá-lo; às 10:30h ele estará aqui bonitinho na barra de minha paternidade tutelada. Ora bolas! Desde Ur, na Antiguidade, já devíamos ter metido uma corda no pescoço dessa garotada rebelde; com tanto clube divino por aí, o que eles mais querem? As músicas já decoramos com a ‘essência celestial’; já redublamos as séries de TV; já montamos a ‘vitrine da fofoca’; já açulamos o interesse vulgar com nossa mídia obsessiva”; o que mais esses desalmados querem? Que liberdade que nada, isso é coisa que dá e passa”.

1ª. Declaração do Desenlace.
Haddammann Veron Sinn-Klyss
segunda-feira, 27 de abril de 2009


Este texto foi retirado do Terror do quadro nosso; depois de ler o desabafo da Carolina Ferraz, e de ver uma garotinha de uns 4 anos patolar o sapatinho num cocô de cachorro e ao tentar limpar sujou as mãos e a barra do vestidinho sem ver outro; então chorando e mostrando a maõzinha disse pra mãe:"Você me traz por aqui, não gosto de passar por aqui mãe, é uma rua de cocô!".
Muito mais que repúdio, estou impetrando o Desenlace Civil das consciências ante o cúmulo descomunal do absurdo atolado nas cabeças já bastante esquisitas dum povo chafurdado em podridão de mentiras.
Só quero que os namoradas tenham a chance de não infestar por microquimerismo de cachorro os namorados e vice-versa; e os filhos não penem com a cabeça tão devastada como a desolação da Amazônia; pela interesseira presunção de posse e posições de covardias de tantos enganos dos pais, e de nosso massacrado País.

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