Remédios sem receita voltam a ser vendidos nas prateleiras das farmácias
Correio Braziliense
Os remédios que não precisam de prescrição médica, como analgésicos, antitérmicos e antigripais, voltaram ao alcance das mãos da maioria dos consumidores quase três anos após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicar resolução obrigando esses produtos a ficarem atrás dos balcões das farmácias. Na última sexta-feira, a Justiça Federal decidiu que os membros da Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico (ABCFarma) não precisam cumprir a ordem. A medida beneficia aproximadamente 56 mil farmácias e drogarias de todo o Brasil — 90% dos estabelecimentos. A decisão ainda cabe recurso.
A medida da Anvisa desagrada o setor desde que foi criada em agosto de 2009. Ao entrar em vigor, no início de 2010, o incômodo se estendeu aos consumidores. Diretor de Relações Institucionais da Associação Brasileira de Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip), Aurélio Saez, alega que a prática não traz benefícios porque desestimula a concorrência, já que, além dos medicamentos, os preços também não ficam em evidência e a opção de escolha do consumidor fica restrita. “Quando você põe o produto atrás do balcão, o balconista passa a ser o grande influenciador. O consumidor fica muito dependente da opinião dele, que nem sempre pega o mais barato.”
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