Racismo tira atleta grega das Olimpíadas



Um comentário racista no Twitter custou caro à atleta Voula Papachristou. Na segunda-feira, a triplista postou uma mensagem relativa aos africanos que residem na Grécia e recebeu duras respostas pela rede social. Mas, pior ainda do que ter sido chamada de nazista, entre outros adjetivos não muito agradáveis, foi a notícia que a saltadora recebeu do Comitê Olímpico Grego (COG). Devido à postura inadequada, Voula foi cortada dos Jogos de Londres.

Na segunda-feira, ela escreveu: “Com tantos africanos na Grécia... No mínimo os mosquitos no Nilo Ocidental irão comer comida caseira!!!”. Imediatamente a postagem foi repassada e ganhou milhares de respostas de reprovação. Um partido de esquerda elevou as proporções do comentário, exigindo à exclusão da atleta da delegação olímpica.

- Humor racista e “piadas” que digam respeito à vida humana não são toleradas pela sociedade grega e não podem ser propagadas no atletismo grego. A única coisa que o Comitê Olímpico pode fazer é revogar a participação dela dos Jogos. Assistindo às Olimpíadas pela televisão ela poderá fazer quantas “piadas” ela quiser através das redes sociais. Mas, com certeza, não pode representar a Grécia em Londres – diz o manifesto.

Papachristou se assustou com o tamanho da repercussão e pediu desculpas via Twitter, nesta quarta-feira, desta vez em inglês. Apesar do declarado arrependimento, o presidente do COG, Isidoros Kouvelos, não se comoveu e confirmou o desligamento da triplista da delegação olímpica. O "West Nile virus" é uma doença transmitida por mosquitos de origem africana e pode ser fatal para os humanos. Em Atenas, apenas neste verão (do hemisfério norte), um homem morreu e mais de 180 pessoas foram infectadas. As informações são do portal “Keep Talking Greece”

Fonte: Globo.com

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