Nadar...e morrer na praia


Walnize Carvalho

Tempo de férias.
É tempo de esquecer o relógio no fundo da gaveta e mergulhar fundo no descompromisso.
É tempo de gastar ou repor energias. O sol é um convite a caminhadas matinais, passeios de bicicleta, de lanchas e até de cavalgadas, como também, em noites de luar é tempo de recontar estrelas e histórias.
É tempo de estabelecer novas amizades e de rever velhos amigos.
É tempo de conhecer as novidades do balneário (bibliotecas, espaços culturais, oficinas literárias ...) e de reencontrar antigos cenários ( chegada de barcos no porto; meninos empinando pipas; vendedores que oferecem mercadorias em sua porta ,que vão desde lingüiças e queijos caseiros a redes e colchas de artesanato).
É tempo de resgatar coisa simples: um bom dia ao vizinho que você revê anualmente ; saborear picolés de frutas da época ; descansar os olhos sobre árvores floridas , onde algum beija- flor todo fim de tarde dá seu espetáculo gratuito de beleza.
É tempo de encontrar rima fácil:bar,luar,mar...
Também é tempo de viajar, carimbar passaporte, traçar o roteiro dos seus sonhos, cruzar céus e mares ,vivenciar outras culturas , enfrentar baixas temperaturas, surfar, esquiar... Ir a Disney ou Havaí , quem sabe Bali... Optar por Ilhas ou metrópolis.Talvez dançar tango na Argentina(?!?), fotografar, filmar, postar no Face book, conhecer lugares distantes e exóticos e ...voltar(via de regra é assim) “para os braços” de sua praia de referência e preferência.E, assumidamente,feliz –pés descalços, cabelos ao vento- ir ao quiosque mais próximo e pedir: -Aí, Zé! Aquele coco gelado no capricho!...

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