Chet Baker

O trumpetista Chesney Henry "Chet" Baker (1929-1988) é um dos meus favoritos ícones do jazz. Sua música e sua vida são a essência do "sexo, drogas e jazz". Nascido em Yale, Oklahoma, Chet teve pouca ou quase nenhuma formação musical. Em uma época que o jazz era "a música" que se ouvia nas rádios, ele cedo se tornou um "sex simbol" e atraiu a atenção das mulheres e de grandes músicos como Gerry Mulligan, Stan Getz e Charlie "Bird" Parker em pessoa.
Usuário de heroína desde 1950, foi preso várias vezes, penhorou seus instrumentos para manter seu vício, foi expulso da Alemanha e Inglaterra por posse de droga e teve um dente arrancado por um traficante.
Finalmente, encontrou alguma tranquilidade morando na região de São Francisco, onde passou seus últimos anos de vida e teve um "revival" em sua carreira, quando tocou com o legendário guitarrista Jim Hall, o pianista Phil Markowitz, o guitarrista Philip Catherine, e rodou toda a Europa tocando com músicos locais.
Em 13 de maio de 1988, aos 59 anos foi encontrado morto no Hotel Prins Hendrik em Amsterdam, Holanda com graves ferimentos na cabeça. Heroína e coca foram encontrados em seu corpo e no seu apartamento, sem contudo nenhuma evidência de luta ou agressão.Aparentava ser muito mais velho do que sua idade real.
Alguns relatos dão conta de que sua forma "cool" de cantar e tocar o trompete teriam influenciado a maneira de cantar de alguns cantores da fase pré bossa nova.
O que ficou para a história foi a impressionante musicalidade deste homem aparentemente torturado pelas drogas e atropelado pela fama.
Neste vídeo, a canção Time After Time serve de pano de fundo para uma bela e emocionante edição em forma de documentário que mostra o jovem e o Chet devastado pela droga.


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