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Rubens Valente, Folha de S. Paulo

Porque o presidente do TCU não pede demissão?

Consultoria que recebeu R$ 2,1 mi de órgãos federais vende palestras de Zymler. Ministérios contratam a Elo e pagam inscrições de servidor, que chegam a R$ 3,9 mil; outros 2 ministros dão aulas.
Uma empresa contratada por órgãos da União fiscalizados pelo TCU (Tribunal de Contas da União) vende na internet palestras do presidente do tribunal, Benjamin Zymler, de sua chefe de gabinete e de dois ministros-substitutos.
A Elo Consultoria Empresarial e Produção de Eventos recebeu R$ 2,1 milhões entre 2008 e 2010 de ministérios e órgãos do Executivo.
Segundo a empresa, também são ou foram seus clientes o Senado, a Câmara dos Deputados, a Petrobras e a Caixa Econômica, dentre outros -todos passam por fiscalização do TCU.
Zymler é anunciado no site da Elo na internet como um de seus principais "apresentadores". A Elo recebe o pagamento de seus clientes e repassa a Zymler a parte que lhe cabe pela palestra.
Não se sabe quanto fica com o presidente do TCU e com os outros palestrantes. Zymler, por meio da assessoria do tribunal, se recusou a falar sobre o assunto.
Algumas palestras para turmas de 30 pessoas feitas pela Elo podem arrecadar até R$ 120 mil -cada inscrição chega a custar R$ 3.900.
A próxima palestra do ministro ocorreria entre os dias 11 e 14 de fevereiro. Contudo, ontem à tarde, após a Folha procurar informações com o TCU e a Elo, a empresa postou em seu site a mensagem: "Curso cancelado".
Os valores repassados pela Elo são diferentes dos R$ 228 mil que Zymler recebeu entre 2008 e 2010, conforme revelou a Folha anteontem.
Naquele caso, os pagamentos, feitos por órgãos e entidades fiscalizados pelo ministro e pelo tribunal, ocorreram direto para Zymler ou sua empresa, a EMZ.
Em relação à Elo, como é a empresa que deve remunerar Zymler, a partir dos recursos recebidos da União, os registros de pagamentos ao ministro em 2010 não vão para o Siafi, o sistema de acompanhamento de gastos do governo federal.
Em 2009, Zymler aparece no Siafi recebendo R$ 71,1 mil por duas palestras. No ano passado, o sistema não apontou pagamento. Mas o ministro continuou prestando os serviços, que classifica de "exercício do magistério".

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