Para quem se habilita: Paquera virtual

Tinder cresce 140% ao mês no Brasil, que em breve será o 2º maior mercado do app

Da:Folha de São Paulo
O Tinder pegou no Brasil.
Se você ainda não sabe o que é, uma breve definição: um app de paquera extremamente simples para celulares.Você define se está interessado em homens ou mulheres e começa a ver fotos de usuários nos arredores, descartando-os ou aprovando-os.
Caso o interesse seja mútuo, o aplicativo notifica as duas pessoas, que podem iniciar uma conversa privada.
Eduardo Knapp/Folhapress
A médica Natália de Mattos, 27, que aprova o Tinder
A médica Natália de Mattos, 27, que aprova o Tinder
Justin Mateen, cofundador do Tinder, não revela números absolutos, mas afirma que o app cresce mais de 140% ao mês no Brasil. Em breve, segundo ele, o país será o segundo maior mercado do app, atrás dos EUA.
Um dos fatores que contribuíram para a explosão do app por aqui foi o lançamento para Android, o sistema móvel mais popular no país, em julho.
Para quem acusa o Tinder de tornar as relações mais superficiais, Mateen responde que o app é "um reflexo honesto da interação humana".
"Quando você conhece alguém em um café, a primeira coisa que você nota sobre ela é sua aparência física. Na conversa, você busca semelhanças como amigos ou interesses mútuos -é exatamente isso que o Tinder traz à tona."
Outro app famoso de paquera, o Bang With Friends, que oferece sexo entre amigos do Facebook, passa por um processo de mudança de marca que o tornará mais sutil.
Depois de um processo da Zynga, dona da marca "With Friends" (com amigos), o app foi rebatizado de Down, referência à expressão "get down", que pode ter conotação sexual, mas é muito menos grosseira do que o nome original (trepe com amigos).
O Down começou a permitir também escolher entre amigos de amigos -função já disponível no Android.
Colin Hodge, cofundador do Down, aponta o círculo social menor como vantagem em relação a concorrentes como o Tinder. "O Down é seguro e direto: você só vê pessoas conectadas a você na sua rede."
Mateen diz que não há nada a temer sobre o Tinder. "É a forma mais eficiente de conhecer pessoas novas. Se você não está no Tinder, está em desvantagem social."
A médica Natália de Mattos, 27, se impressionou com a rapidez do app. "No primeiro dia já conversei com um cara que tinha uma amiga em comum. Logo vieram mais 'matches' e, em duas semanas, tinha um encontro marcado", conta.
Mas o Tinder não garante bons encontros nem quando as perspectivas são animadoras, como mostra a experiência da redatora Bia Bonduki, 32. "O cara era bonito, dentro da idade que eu prefiro, tinha amigos em comum, tinha um papo interessante e parecia ter uma certa estabilidade mental."
O encontro cara a cara, porém, foi ruim. "O que o Tinder não garante é que quando você vir a pessoa se mexendo ela vá lhe agradar."

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