Rapidinhas do dia

*** Acusada pelo Ministério Público de desviar dinheiro público de amistoso da seleção em Brasília em 2008, a Ailanto Marketing Ltda. pagou R$ 2,8 milhões a uma empresa da mulher de Ricardo Teixeira, ex-dirigente da CBF.
A Ailanto pertence ao presidente do Barcelona, Sandro Rossell, amigo de Teixeira.
Documentos obtidos pela Folha revelam que a empresa do dirigente catalão foi sócia da W Trade Brasil Importação e Exportação, que tem como controladora Ana Carolina Wigand Pessanha Rodrigues, mulher de Teixeira.
A parceria envolveu duas salas no Shopping Leblon, um dos mais badalados do Rio. Os imóveis são avaliados em mais de R$ 13 milhões.
Em janeiro de 2009, a W Trade se associou a Rossell (pessoa física), à Brasil 100% Marketing (que tem o catalão como sócio) e a André Laport Ribeiro na compra das salas.
Com apenas R$ 50 mil de capital social na época, a empresa da mulher de Teixeira ficou com 24% de cada imóvel.
Dois anos depois (e seis meses antes de Teixeira renunciar ao cargo de presidente da CBF) a Ailanto pagou R$ 2,8 milhões pela participação da W Trade nas salas --R$ 1,4 milhão por sala--, de acordo com documentos do 2º Ofício de Registro de Imóveis do Rio.
A W Trade está registrada em nome de Ana Carolina e de Leonardo Diogenes Wigand Rodrigues, seu irmão. A mulher de Teixeira é sócia majoritária, com 99% das cotas. A companhia tem sede numa modesta sala em Jacarepaguá, zona oeste do Rio. 
(Folha de São Paulo)

*** O Brasil vai parar de crescer em 2042. Uma nova projeção para a população brasileira, divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE, mostra que o país vai atingir o seu ápice populacional naquele ano, quando terá 228,4 milhões de habitantes. A partir daí, a população começa a decrescer - em 2060, por exemplo, já estará no mesmo nível de 2025, um total de 218,2 milhões de pessoas. Em 2013, a população é de 201 milhões.
Na última projeção feita pelo IBGE, em 2008, a previsão era a de que a população chegaria ao seu máximo em 2039, uma diferença de apenas três anos para o estimado agora - ao contrário da grande diferença entre a projeção de 2008 e a estimativa que tinha sido feita anteriormente, em 2004, quando o IBGE projetava o início da redução populacional apenas após 2062.
O principal motivo para a redução no nível de crescimento populacional no Brasil, já esperada, é a queda na taxa de fecundidade, ou seja, o fato de que as mulheres estão tendo cada vez menos filhos. Este ano, o número médio de filhos por mulher é de 1,77 - o que já faz com que o país esteja abaixo da chamada taxa de reposição da população (que é de 2,1 filhos por mulher). Em 2020, estima-se que seja de 1,61. Em 2030, vai chegar a 1,5.
Com o processo de queda da fecundidade em marcha, a tendência é que as disparidades entre os estados diminuam e até acabem. O Acre, por exemplo, entre os estados com mais altas taxas de fecundidade, e que hoje tem média de 2,6 filhos por mulher, terá em 2030 uma taxa de 1,8 filho por mulher, perto da média nacional de hoje. Equanto a taxa mais baixa em 2030, em Minas, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal, será de 1,4 filho por mulher.
Além da queda da fecundidade, ocorre no país atualmente um processo de ''envelhecimento da fecundidade'', já que está havendo um adiamento da idade média em que a brasileira está sendo mãe: este ano, essa idade média é 26,9 anos; vai passar a 28 anos em 2020, e a 29,3 em 2030.
( O Globo)

*** Relator de processos envolvendo o Banco Mercantil do Brasil, o ministro do Supremo José Antonio Dias Toffoli obteve empréstimos de valor milionário da instituição financeira. Ao todo, o magistrado obteve R$ 1,4 milhão em operações de crédito a serem quitadas em até 17 anos. Com sede em Minas, o banco de médio porte chegou a dar desconto nos juros dos dois empréstimos realizados pelo magistrado. Esse desconto assegurou uma economia de R$ 636 mil a Toffoli.
Segundo o Código do Processo Civil, o Código de Processo Penal e o Regimento Interno do Supremo, que tem força de lei, cabe arguir a suspeição do magistrado por parcialidade quando alguma das partes do processo for sua credora. Toffoli relata ações do Mercantil desde que assumiu a cadeira no Supremo, em 2009. Dois anos depois, ele obteve os dois empréstimos, numa operação considerada "pouco usual" até por funcionários do banco.
O primeiro, de R$ 931 mil, foi concedido em setembro de 2011, em 180 parcelas fixas de R$ 13,8 mil, a serem pagas até 2026. Conforme escritura da operação, registrada em cartório, Toffoli deu como garantia de pagamento sua casa no Lago Norte, em Brasília. 
(Portal A Tarde)

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