Olhando estrelas

Aqui na net acabamos por conhecer muita gente nova e ainda conseguir reencontrar outras que a vida nos fez perder de vista.
Numa dessas conheci a Walnize Carvalho, mãe de um amigo dos tempos de Juventude Petista o Gustavo, de quem recebi notícias depois de mais de 15 anos.
O texto abaixo é da Walnize e fala justamente dessa nossa juventude...

Uma certa estrela vermelha

Walnize Carvalho

Ela já brilhava no “céu” – creio – que há dez anos quando eles vieram espiá-la.
Eram meninos cheios de ideais, paixões e sonhos. Idade? Creio, que um dezesseis e outro dezessete anos...
Espiaram-na e trouxeram para o seu “mundo”.
De repente, o quarto ficou impregnado do seu brilho.
E foram bottons, bandeiras, cartazes, posters ...
Por causa dela, debates, aplausos, idas a passeatas no Rio, encontro com amigos, que como eles, visualizavam nela – a estrela vermelha – o mesmo esplendor.
Eu, mãe deles acompanhava a tudo com zelo, preocupação mas também com admiração pelo “tudo vai dar certo” que os meninos me passavam.
Noites insones. Como esta agora em que ponho-me a escrever...
Ontem, lendo os jornais, o título de um dos artigos chamou-me a atenção “Bodas de prata do PT”.
Parei a leitura.
A memória afetiva levou-me a estas lembranças vividas e a vontade de fazer o registro delas.
Terminada a “tarefa” espreguiço-me.
Busco o sono com os versos de Bilac na cabeça “Ora direis ouvir
estrelas” ...