Sociedade Ciência
É possível aprender enquanto dorme? Um estudo do Instituto Weizmann
mostra que se certos cheiros e barulhos rodearem um indivíduo durante o
sono, este começará a suspirar se ouvir o mesmo som outras vezes (mesmo
sem o odor que geraria a reação), esteja dormindo ou acordado. As
pessoas podem, portanto, guardar informações durante o período, o que
afeta o comportamento, mesmo inconscientemente.
Durante os
testes, as pessoas dormiam em um laboratório especial onde o estado do
sono era constantemente monitorado. Se acordassem durante os exames,
mesmo que por um momento, eram desqualificadas. Durante o período, um
som era exposto, seguido imediatamente de um odor, agradável ou não.
Então um outro som era tocado, seguido por um odor oposto ao anterior
(se era um cheiro bom, colocava-se um cheiro ruim, e vice-versa).
Durante
a noite, várias combinações eram usadas. Os voluntários passavam a
reagir aos barulhos mesmo sem um odor logo após, dando longos suspiros.
No dia seguinte, as pessoas, já acordadas, ouviam os sons mais uma vez,
sem o cheiro que viria após. Apesar de não terem noção do que se passou
com elas enquanto dormiam, também passavam a suspirar constantemente.
A
junção do som e do odor tem certas vantagens. Nenhum dos sentidos pode
acordar o indivíduo, mas pode gerar reações do cérebro. O odor ainda
pode gerar um tipo de comunicação não verbal, que é o suspiro. Neste
caso, durante a soneca ocorre o mesmo que geralmente ocorre quando a
pessoa está acordada. Inspira-se cheiros agradáveis e se suspende a
inalação com um cheiro ruim.
Testes sobre aprendizagem no sono
são notoriamente difíceis de serem realizados. O pesquisador precisa
ter certeza de que o objeto de estudo realmente dorme e não vai acordar
durante os testes. Testes para averiguar o ensino verbal neste período,
por exemplo, nunca conseguiram chegar a um resultado conclusivo. A
falta de dados concretos tem frustrado cientistas que defendem a
importância do sono para consolidação do aprendizado.
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