O negócio é ser zen...


Deu na Exame


Cientistas descobrem por que stress causa envelhecimento

Há tempos cientistas observam uma associação entre stress crônico e danos ao cromossomo. Sabe-se que o stress pode ser o responsável pelo envelhecimento precoce. Entretanto, pouco ainda se sabe sobre como processo acontece. Agora, pesquisadores da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, descobriram um dos mecanismos que ajudam a explicar a relação: a adrenalina, hormônio liberado quando uma pessoa é tomada pela tensão, pode diminuir a quantidade de uma proteína chamada P53, responsável por proteger o genoma.
Para chegar aos resultados, os pesquisadores injetaram um composto semelhante à adrenalina em ratos. Agindo através de um receptor específico da célula (conhecido como beta adrenérgico, pertencente à classe de Receptores Acoplados à proteína G — veja glossário), a substância desencadeou processos que resultaram no acúmulo de danos ao DNA. "Isso pode nos dar uma explicação de como o stress crônico pode levar a uma variedade de distúrbios", diz Robert J. Lefkowitz, professor de medicina e bioquímica na universidade e autor principal do artigo publicado no periódico científico Nature.
O surgimento de cabelos grisalhos pode ser uma questão puramente estética. Mas alguns processos biológicos, como a morte celular programada, desempenham um papel significativo no corpo: impedem que uma mutação seja passada adiante ou fazem com que a célula passe a se proliferar descontroladamente – o que pode levar ao câncer. "O estudo mostrou que o stress crônico acarreta diminuição prolongada dos níveis de P53", afirma Makoto Hara, pesquisador envolvido no trabalho. "Levantamos a hipótese de que essa é a razão para irregularidades cromossômicas que encontramos nos ratos submetidos ao stress crônico."
Os pesquisadores observaram que um mecanismo molecular pode ter associação com a degradação de P53: a atuação de outras proteínas, conhecidas como beta-arrestina, sobre os receptores celulares. Ratos sem beta-arrestina conseguiram ter o DNA preservado quando expostos ao stress crônico, porque seus níveis de proteína P53 permaneceram estáveis. A equipe agora planeja avaliar as respostas naturais dos animais ao stress para saber se há também acúmulo de dano no DNA.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Alzira Vargas: O parque do abandono

Carta de despedida de Leila Lopes

Celso Blues Boy: escolhi minha vida e escolho minha morte