Entre crenças, lendas e costumes
Walnize Carvalho
Neste dia 22 de Agosto é comemorado com eventos e festas, aqui no Brasil, o Dia do Folclore.
Muitos lugares acentuam estas comemorações que são - sem dúvida alguma – o retrato fiel da sabedoria popular, a qual reforça que “a voz do povo é a voz de Deus”. Esta citação vem fazer companhia a outras tantas, que com o passar dos anos foram se aglutinando ao nosso linguajar, tornando-se verdadeiras sentenças.
Sabe-se que nas escolas, nos centros culturais, nos teatros e até em praças públicas (em nossa cidade ,em municípios vizinhos e em diversos Estados) por esta ocasião, são realizadas atividades diversas, cujo objetivo principal é passar adiante a riqueza cultural de nosso folclore.
Cantigas, simpatias, danças, pratos culinários, brincadeiras, lendas e contos entram em cena destacando a importância dessas manifestações de Arte no cenário cultural brasileiro.
É o momento de contarmos e ouvirmos as histórias do Saci-Pererê, Mula - sem - cabeça, Curupira, Boto e do Boitatá. Desta última, tenho gravada em mente, graças ao relato do meu saudoso pai: “Lá na Baixada, contavam-se histórias fantásticas, sem dúvida inventadas por mentes supersticiosas. Uma delas falava da existência nos campos da Boa Vista de um perverso ‘boitatá’, que se apresentava em forma de tocha luminosa e seguia os cavaleiros solitários. Em certas ocasiões achava de pousar na garupa do animal deixando o caminheiro apavorado...”
Não dá para falar em cultura regionalista, sem que se destaque a uma das manifestações, que se tornou um marco em nossa região, e, que por ocasião dos festejos do padroeiro da Baixada, se apresenta de forma majestosa: “A cavalhada de Santo Amaro”.
Descrita, dessecada, admirada, dissertada por tantos (de historiadores a populares) venho retratá-la trazendo um dos textos do “Se não me trai a memória” - Waldir Carvalho, em que o autor descreve uma delas, das tantas que assistiu:
“Uma hora da tarde. Da “casa da festa” sai o Festeiro com a Banda Musical, seguidos pelos garbosos cavaleiros em demanda da praça destinada à simbólica batalha inspirada nos medievais acontecimentos de Tunis, na Tunísia, em que se defrontaram Mouros e Cristãos, quando da Oitava Cruzada. Nesse instante, ouvem-se os estrondos de bombas (salva de vinte e um tiros). Os belos cavalos montados por exímios corredores cruzam a praça. Lanças e espadas são manejadas com classe. Há o cavaleiro-palhaço, que durante toda a corrida, faz o povo rir. Começa a “tirada de argolinha”, que será mais tarde, oferecida a uma pessoa amiga ou uma namorada... Fisgam-se os pães, que serão jogados para os meninos.Quebram-se os boiões, de onde saem gatos espantados.Trocam-se, por fim,buquês de flores, como sinal da paz obtida...”
E é esta Paz (ainda que momentânea) que nos pega e nos faz girar na grande ciranda de mãos dadas com a cultura, costume e tradição.
Este conjunto representa a verdadeira identidade de um povo.
Sabe-se que nas escolas, nos centros culturais, nos teatros e até em praças públicas (em nossa cidade ,em municípios vizinhos e em diversos Estados) por esta ocasião, são realizadas atividades diversas, cujo objetivo principal é passar adiante a riqueza cultural de nosso folclore.
Cantigas, simpatias, danças, pratos culinários, brincadeiras, lendas e contos entram em cena destacando a importância dessas manifestações de Arte no cenário cultural brasileiro.
É o momento de contarmos e ouvirmos as histórias do Saci-Pererê, Mula - sem - cabeça, Curupira, Boto e do Boitatá. Desta última, tenho gravada em mente, graças ao relato do meu saudoso pai: “Lá na Baixada, contavam-se histórias fantásticas, sem dúvida inventadas por mentes supersticiosas. Uma delas falava da existência nos campos da Boa Vista de um perverso ‘boitatá’, que se apresentava em forma de tocha luminosa e seguia os cavaleiros solitários. Em certas ocasiões achava de pousar na garupa do animal deixando o caminheiro apavorado...”
Não dá para falar em cultura regionalista, sem que se destaque a uma das manifestações, que se tornou um marco em nossa região, e, que por ocasião dos festejos do padroeiro da Baixada, se apresenta de forma majestosa: “A cavalhada de Santo Amaro”.
Descrita, dessecada, admirada, dissertada por tantos (de historiadores a populares) venho retratá-la trazendo um dos textos do “Se não me trai a memória” - Waldir Carvalho, em que o autor descreve uma delas, das tantas que assistiu:
“Uma hora da tarde. Da “casa da festa” sai o Festeiro com a Banda Musical, seguidos pelos garbosos cavaleiros em demanda da praça destinada à simbólica batalha inspirada nos medievais acontecimentos de Tunis, na Tunísia, em que se defrontaram Mouros e Cristãos, quando da Oitava Cruzada. Nesse instante, ouvem-se os estrondos de bombas (salva de vinte e um tiros). Os belos cavalos montados por exímios corredores cruzam a praça. Lanças e espadas são manejadas com classe. Há o cavaleiro-palhaço, que durante toda a corrida, faz o povo rir. Começa a “tirada de argolinha”, que será mais tarde, oferecida a uma pessoa amiga ou uma namorada... Fisgam-se os pães, que serão jogados para os meninos.Quebram-se os boiões, de onde saem gatos espantados.Trocam-se, por fim,buquês de flores, como sinal da paz obtida...”
E é esta Paz (ainda que momentânea) que nos pega e nos faz girar na grande ciranda de mãos dadas com a cultura, costume e tradição.
Este conjunto representa a verdadeira identidade de um povo.
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