E assim...

"O cavalo era o meio de locomoção mais prático até a popularização do trem, no século 19. Ao chegar a alguma casa, o lugar onde o animal era amarrado indicava a intenção do visitante. “Se o moço amarrava o cavalo à frente do cômodo, era sinal de permanência breve. Já se levava para um lugar protegido da chuva e do sol, podia botar água no feijão, a visita ia demorar.Sem o convite do anfitrião, entretanto, tentar proteger o cavalo era uma indiscrição feita pelo convidado pouco desculpável. Somente quando o dono da casa estivesse apreciando a prosa e dissesse “pode tirar o cavalo da chuva” – ou seja, desistir da pressa de ir embora – é que a acomodação da montaria estava autorizada. Com o passar do tempo, “tirar o cavalo da chuva” virou sinônimo apenas de desistir de alguma coisa."

Site:www.abril.com

Comentários

Anônimo disse…
Nunca fui bom com os quadrúpedes.
Na infância, em fazendas de pais de amigos pratiquei a montaria com muita insegurança.
Adulto, fui cavalariano, tal qual o saudoso pai do bom Redator Gustavo Rangel, mas, também, sem muita expressão.
Me lembro agora de uma das atrações do programa Flávio Cavalcanti:

"Li, não sei onde, guardei e dou de graça para vcs"
(o título é daquele jornalista, mas a frase foi por mim lembrada, nunca por ele citada):

" O coice é o argumento das bestas".

Assim, sabendo que nasci cavalheiro e que preciso quase sempre até fazer muita força para assim não exercitar, opto pela versão moderna e... "tiro o meu cavalo da chuva".
Quem sabe, algum dia, pratico o arreiamento em sombra frondosa de amendoeira, por exemplo, e já no primeiro momento, na versão antiga sou convidado a almoçar?
Não importa o pasto ou o repasto, por ser de hábitos simples, bastaria o feijão com arroz.
Só almejaria ser recebido com a fidalguia dos simples e modestos, que pode ser exemplificada num acontecimento real, na confidência de uma amiga muito querida, filha de produtor rural em outro município:

"Na casa de papai era assim: Visita em casa, no banheiro toalha limpa e sabonete cheiroso, depois, mesa farta só com as coisas da roça."

Quer melhor?

Por derradeiro, a vantagem do anônimo é que ele entra e sai sem ser notado, mas só quando cavalheiro, ele se sente com o dever cumprido.

Bom dia!

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