Natafolia

Walnize Carvalho

Promovo o evento (Natafolia) e convido os amigos.
Nele não haverá carros de alto-falantes anunciando; nem compra de ingressos antecipados; nem venda de abadás e adereços e nem tão pouco avenida específica para desfilar.
Sendo assim, um belo dia vista a camisa do bem-querer e saia à rua imbuída de bons propósitos. Visite um asilo ou orfanato. Se faça presente sem ter pressa de voltar. Converse, ria, leia um poema, cante, escute. Distribua mimos, brinquedos ou alimentos. Por certo, retornará ao lar nutrido de paz.
De outra feita, escolha com calma um presente e leve para alguém que você quer bem. Certamente, será uma felicidade mútua.
Se surpreenda preparando um jantarzinho e, de forma descontraída, convide pessoas amigas para a ceia improvisada. Sem dúvida, será regado de alegria.
Numa manhã chuvosa telefone para um velho amigo e lhe diga o quanto você o admira e quer o seu sucesso. Ânimo revigorado na certa.
Que tal, certa tarde, entrar em um templo, comungar-se com seu Deus reavaliando a sua fé?...
Crie laços. Distribua afetos. Desarme-se e ame, sem prazo de validade.
Natafolia.
Proposta inusitada? Tentadora? Sei lá... Só não desejo ser taxada de sonhadora e sair no “bloco do eu sozinho”.

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