Papeando no sábado
Walnize Carvalho
Sábado.
Bom papear com meu leitor. Mas... nada de papo-cabeça, reflexões filosóficas, análises profundas, afinal sábado é um dia em que você amanhece pensando em descansar, esquecer o corre-corre diário e, se possível, afastar-se um pouco dos dramas existenciais e circunstanciais.
O do jeito que sou e do jeito que sei pretendo escrever sem patente, sem marca registrada.
A proposta é um encontro intimista, um cochicho ao pé do ouvido, um segredinho sem segundas intenções, uma visão amena do mundo e dos seres humanos.
Neste blog ora falo do meu dia-a-dia (tão igual ao dos meus cúmplices, quer dizer, leitores), ora tirando do baú das memórias singelas lembranças e ora – e muito – traçando em palavras o cotidiano das ruas para quem me lê possa conceber uma fotografia colorida ou em preto e branco. Numa interação com a cronista dar o tom que o seu imaginário ditar.
Derramo na tela letras que dançam , que riem, que choram, que interagem.
E porque é sábado cabe unicamente acreditar que é preciso diversificar o papo, montar histórias com toque de fantasia, dar ao texto uma sensação de frescor de manhã de primavera que perpasse entre as vírgulas, os pontos e os parágrafos.
Desejo tão somente obter uma reação positiva: provocar um sorriso, uma lágrima no canto de olho ou até mesmo uma sonora gargalhada
Assim ...apresso-me em escrever rápido e sem mais delongas meu texto de hoje sem saber qual sentimento irá provocar:
Dia desses cheguei apressada em casa.
Mal tive tempo de abrir a porta e...calçados pro ar!
Corri em busca de algo que para mim seria de extrema necessidade.
Vinha, há poucos minutos atrás, pela rua distraída e ansiosa . Nem vi a vizinha com seu “boa tarde”costumeiro.Trazia nas mãos, flores colhidas na calçada.
Cheguei realmente apressada.
Estaria eu, em busca de um copo d’água para matar a sede, já que o sol forte da tarde de primavera com ares de verão ainda brilhava no céu?
Estaria eu, à caça de um analgésico para uma eventual dor de cabeça, pois o dia fora exaustivo?
Estaria eu , necessitada de farta refeição, pois de tão atarefada não tive tempo de lanchar?
Não. Como uma criança travessa que sobe na cadeira em busca de guloseimas dentro do armário fui até a sala em busca de um livro na estante.Um específico livro .Nele encontrei a poesia - específica poesia- que bem sabia, iria aliviar a minha alma .
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