Cobogó, quiprocó e outras estranhezas-Walnize Carvalho

Mês de julho.
Aproveitando os meses que antecedem ao período de férias, a família decidiu dar um pulo na casa de veraneio.
A mulher (mulher é sempre detalhista) observou que, além da pintura, a casa merecia maior ventilação.
Constatou que o aumento da população no balneário contribui para que a cada ano surja um sobrado aqui, uma pousada acolá... o que deixa a residência comprimida entre paredões.
Foi quando um membro da família resolveu chamar “seu” Pedro – o pedreiro – para contratar os seus serviços. E ele veio com a seguinte sugestão: - Para melhorar a fresca só botando COBOGÓ na parede do varandão dos fundos!...
Aprovada a idéia, tudo acertado, a família retornou à cidade.
Dentro do carro eu, a meu canto, silabava: co-bo-gó! co-bo-gó!
Embora sabendo do que se tratava, exclamei: - Que palavra estranha, divertida, sei lá!!!E pensei: _Será que o “santo” Google tem o seu significado?
Chegando à casa iria matar a minha curiosidade!...
E ,distraidamente, foram surgindo outras em meu pensamento: quiprocó, bocó, bololô, borocochô, peripaque, tremelique... Um verdadeiro telão de palavras cruzadas.
Desci do carro apressada. Com avidez abri o computador e lá encontrei a resposta: “Cobogó é o nome pelo qual foi batizado o elemento vazado, inicialmente feito em cimento.
Seu nome deriva das iniciais dos sobrenomes de três engenheiros, que no século XX trabalhavam no Recife e conjuntamente o idealizaram: Amadeu Oliveira Coimbra, Ernest August Boeckmann e Antônio de Góis.”
Paro por aqui antes que pensem que fiquei estrambelhada ou quem sabe matusquela!!!

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