A gente somos inútil?

Sai o "dotô", entra o "companheiro" e as coisas mudam pouco.

Os arautos do "prá frente Brasil" enchem os pulmões para alardear os "nunca antes na história deste país".

Como se o resto do mundo também não trabalhasse suas pendências.

Aí vem a vergonha em forma de relatório sobre desenvolvimento humano para a América Latina e Caribe, que aborda especificamente a distribuição de renda, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

Dos 15 países do mundo nos quais a distância entre ricos e pobres é maior, 10 estão na América Latina e Caribe. O Brasil tem o terceiro pior Índice de Gini - que mede o nível de desigualdade e, quanto mais perto de 1, mais desigual - do mundo, com 0,56, empatando nessa posição com o Equador.

Concentração de renda pior só é encontrada em Bolívia, Camarões e Madagascar, com 0,60; seguidos de África do Sul, Haiti e Tailândia, com 0,59.

O relatório considera a renda domiciliar per capita e o último dado disponível em que era possível a comparação internacional.

No caso do Brasil, porém, a desigualdade de renda caiu fortemente nos últimos anos e, em 2008, o Índice de Gini estava em 0,515.

Acontece porém, que este índice também caiu em grande parte dos países pesquisados. Assim, podemos nos orguhar da nossa honrosa posição no ranking dos "inútil".

O mundo anda para frente, apesar do coro neo-ufano-liberal, tão bem orquestrado pela claque de plantão.

Será que os outros países também tem administrações "nunca antes na história deste país"?

Cartas para o planalto...

Comentários

Marcelo Bessa disse…
Bela postagem, Cláudio.

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