Do Terceira via

Jovens investem e lucram com o comércio de figurinhas em Campos

Para obter sucesso nos lucros, dupla investiu mil reais em compras de uma só vez. Troca acontece em praças e shoppings da cidade

Uma brincadeira entre amigos se tornou uma renda a mais no orçamento do mês. É assim que as figurinhas da Copa do Mundo 2014 vêm fazendo a diferença no bolso de jovens campistas como Vitor Gomes, de 25 anos, e Guilherme Peçanha, de 24 anos. Faltando 34 dias para a data esperada, a iniciativa já reúne milhares de pessoas, de diferentes idades, em praças e shoppings centers. São lugares que se tornam oportunos para os colecionadores que correm contra o tempo para alcançar as 647 figurinhas do álbum.
 
Quem deseja entrar neste mercado precisa ter ousadia. Para obter sucesso nos lucros, a dupla investiu mil reais em compras de uma só vez. Cada pacote contém cinco unidades e com as cinco mil figurinhas acumuladas para comércio, foi preciso organizá-las para não ter margem de erro.
 
“Numeramos as figurinhas de acordo com a ordem do álbum. As mais difíceis têm o preço maior. Os preços variam de R$ 0,50 à R$ 5. As brilhantes do Brasil são as mais caras. A vantagem de trocar ou comprar figurinhas é que o colecionador escolhe a dedo as que faltam para completar o álbum, com isso, vão completar vão ter a meta atingida mais rápido. Em nove dias de venda, recuperamos os mil reais investidos e já temos quase R$ 400 de lucro”, disse Vitor acrescentando que a expectativa é recuperar R$ 3 mil de investimento e obter R$ 2 mil de lucro até a Copa.
 
Só que a expectativa de lucro não termina no dia 12 de junho. O investidor acredita que depois de um tempo é possível vender o álbum completo de figurinhas. Caso o Brasil for o grande campeão e jogando em casa, o preço dessa relíquia pode chegar a R$ 700.
 
“É claro que comprar pronto não tem a mesma graça que a pessoa que troca figurinhas, se diverte e se relaciona, até conquistar o que quer. Mas há muitos colecionadores atrás dessas relíquias e pagam um bom preço. Por isso, espero vender e completar dois álbuns. Uma pra guardar e outro pra vender”, acrescentou.
 
Como começou
Os jovens, Vitor Gomes, de 25 anos, e Guilherme Peçanha, de 24 anos, estudavam juntos e batiam figurinhas ¬- brincadeira muito comum entre os colecionadores. Em 2010 eles resolveram firmar a parceria para vender as figurinhas repetidas. O lucro nessa época chegou a R$ 500.
 
“Já colecionava desde 1998. Completei meu álbum, da minha irmã e do meu amigo Guilherme. Esse mesmo amigo se tornou meu sócio. O curioso é que de lá pra cá a tradição de trocar figurinha enfraqueceu um pouco. Com menos oferta, o valor delas aumentou. Mas quem quer ganhar dinheiro com isso tem a tecnologia a seu favor. Também divulgamos nossas vendas em redes sociais como Facebook e também WhatsApp e é inegável a participação dessas ferramentas para o sucesso do negócio”, contou Vitor.

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