A família da atriz Leila Lopes divulgou ontem, parte do conteúdo de uma das cartas que a atriz deixou para os parentes. Em um trecho ela escreve: Eu não quero envelhecer e sofrer. Confira abaixo: "Eu não me suicidei, eu parti para junto de Deus. Fiquem cientes que não bebo e não uso drogas, eu decidi que já fiz tudo que podia fazer nessa vida. Tive uma vida linda, conheci o mundo, vivi em cidades maravilhosas, tive uma família digna e conceituada em Esteio, brilhei na minha carreira, ganhei muito dinheiro e ajudei muita gente com ele. Realmente não soube administrá-lo e fui iludibriada por pessoas de má fé várias vezes, mas sempre renasci como uma fênix que sou e sempre fiquei bem de novo. Aliás, eu nunca me importei com o ter. Bom, tem muito mais sobre a minha vida, isso é só para verem como não sou covarde não, fui uma guerreira, mas cansei. É preciso coragem para deixar esta vida. Saibam todos que tiverem conhecimento desse documento que não estou desistindo da vida, estou em b
Comentários
Para tudo que ouvia tinha uma interpelação própria, bem como fazia rapidamente ilações com fatos ou pessoas.
Muito antes de raciocinar emitia “destranbelhadamente” uma opinião.
Certa vez no centro da cidade, naquelas conhecidas rodas de amigos ouviu de um parceiro, quando a discussão passava pelo vício do fumo e o efeito em determinada pessoa:
--Nele, o constante salivar é oriundo do vício do tabagismo.
Foi o bastante para ele interferir:
--Constante Bolívar? Conheço desde a infância, somos amigos.
Em outro momento, muito prolixo em suas exposições, começou a contar sua viagem ao interior de São Paulo onde residia uma filha.
Era do tipo que discorria sem interrupções e ainda segurava o antebraço do interlocutor, se pressentisse qualquer descuido de atenção quanto à sua fala.
Não deixava por menos. Toques no peito, ligeiras batidas no ombro, dedo em riste.
Bem verdade que até as suas histórias tinham sempre alguma coisa de interessante.
Na viagem a São Paulo, longa, tomou a manhã inteira prendendo a atenção dos que o cercavam.
Hora do almoço chegando, começaram os movimentos de corpo para as escapadas. Foi o bastante para que ele segurasse o mais próximo e sentencia-se:
--Aguenta aí, ainda não te contei o retorno da viagem que é muito mais interessante!
Era conhecido por hábitos simples e vida metódica, mas um dia foi descoberto, por informação de um vizinho íntimo, que não era “chegado” ao banho.
E a forma se deu que ele interpelou o vizinho de maneira crítica:
--Não sei como você aguenta. Num verão “doido” eu tomo dois banhos por dia.
No que o interpelado respondeu:
--É..., eu só tomo um mesmo, mas no inverso também!
Francisco Alberto Sintra