Morre o JB. Morre um pouco do Brasil.
O desaparecimento do Jornal do Brasil é um profundo golpe na história do jornalismo independente no Brasil.
O JB é um patrimônio da sociedade brasileira, e como tal deveria ser tratado. Um jornal atuante desde a monarquia, atravessando os diversos períodos republicanos e principalmente, se constituiu num marco contra o golpe militar de 64.
Censurado, chegou a publicar receita de bolo na primeira página por falta de material e inteligentemente, tornar pública a censura que os militares insistiam em negar.
Eu sou da geração JB. Com minhas irmãs, esperávamos o fim da tarde, quando meu pai chegava do trabalho com o jornal. Tínhamos desprezo pelo O Globo dos Marinho, que tanto lucrou com sua linha editorial pró ditadura.
Nas análises políticas, tínhamos acesso a nomes como Carlos Castello Branco, Villas-Boas Correia, Jânio de Freitas entre outros.
Nos esportes, os inesquecíveis Nelson Rodrigues, João Saldanha, Oldemário Touguinhó e Armando Nogueira.
Cronistas como Carlos Drumond de Andrade, Carlos Heitor Cony, Rubem Braga, Luis Fernando Veríssimo nos encantavam dia a dia. E de lambuja, as charges do Millor.
E tinha o Caderno B! Ah, o Caderno B... moderno, instigante, formador de opinião cultural como nunca se viu, e possivelmente não mais se verá na imprensa nacional. Ali, podíamos acompanhar os lançamentos musicais, analisados por Tarik de Souza, José Ramos Tinhorão, José Domingos Raffaelli, etc...
Ainda no B, as críticas literárias, de cinema, teatro, artes em geral eram de uma categoria impressionante. Um senhor jornal!
Várias gerações de brasileiros foram (bem) informados pelo JB, com isenção, qualidade, independência e pluralidade.
É, estou mesmo envelhecendo. Já não me interesso mais pelo estado de coisas atuais, onde a mediocridade é a regra geral.
Saudades de um Brasil mais rico, pelo simples fato do JB existir.
O JB é um patrimônio da sociedade brasileira, e como tal deveria ser tratado. Um jornal atuante desde a monarquia, atravessando os diversos períodos republicanos e principalmente, se constituiu num marco contra o golpe militar de 64.
Censurado, chegou a publicar receita de bolo na primeira página por falta de material e inteligentemente, tornar pública a censura que os militares insistiam em negar.
Eu sou da geração JB. Com minhas irmãs, esperávamos o fim da tarde, quando meu pai chegava do trabalho com o jornal. Tínhamos desprezo pelo O Globo dos Marinho, que tanto lucrou com sua linha editorial pró ditadura.
Nas análises políticas, tínhamos acesso a nomes como Carlos Castello Branco, Villas-Boas Correia, Jânio de Freitas entre outros.
Nos esportes, os inesquecíveis Nelson Rodrigues, João Saldanha, Oldemário Touguinhó e Armando Nogueira.
Cronistas como Carlos Drumond de Andrade, Carlos Heitor Cony, Rubem Braga, Luis Fernando Veríssimo nos encantavam dia a dia. E de lambuja, as charges do Millor.
E tinha o Caderno B! Ah, o Caderno B... moderno, instigante, formador de opinião cultural como nunca se viu, e possivelmente não mais se verá na imprensa nacional. Ali, podíamos acompanhar os lançamentos musicais, analisados por Tarik de Souza, José Ramos Tinhorão, José Domingos Raffaelli, etc...
Ainda no B, as críticas literárias, de cinema, teatro, artes em geral eram de uma categoria impressionante. Um senhor jornal!
Várias gerações de brasileiros foram (bem) informados pelo JB, com isenção, qualidade, independência e pluralidade.
É, estou mesmo envelhecendo. Já não me interesso mais pelo estado de coisas atuais, onde a mediocridade é a regra geral.
Saudades de um Brasil mais rico, pelo simples fato do JB existir.
Comentários
E dizer que ser saudosista é ser velho!
Que culpa se tem de ter saudade e gostar "do que é bom"?
O JB era tudo isso relatado por você!...
Saudade da boa!
Entra pra história.