Ainda o JB...


Na edição de 07/04/2002(111 depois de sua fundação) o jornalista Joaquim Ferreira dos Santos assim escreveu:

O ano em que muito se criou

JOAQUIM FERREIRA DOS SANTOS


"Não foi só por causa do Jornal do Brasil. O ano de 1891 deu um show de criatividade. Foi quando surgiu o fecho éclair, o ferro elétrico e Machado de Assis sentou-se à escrivaninha no Cosme Velho, ajeitou o pincenê, molhou a pena no tinteiro e escreveu Quincas Borba. Boa imprensa, sensualidade, elegância e literatura clássica - o século 20 ainda era um brilho de esperança lá adiante, mas já estava com alguns de seus contornos definidos. Quando, em 9 de junho, nasce Cole Porter define-se o que seria da música. Dois meses depois, Thomas Edison, tentando adicionar imagens a seu fonógrafo, inventa um projetor animado que a intimidade hoje já nos permite chamar pelo vulgo: cinema.
Sim: 1891 permitiu que o século 20 desse seus primeiro passos e mais adiante todos pudessem ler a coluna de Zózimo, ouvir a melodia de Night and Day e se emocionar com as imagens de E o vento levou - como você foi devidamente informado aqui nessas páginas de 111 anos.

Em 1891 inventa-se o ping-pong quando os soldados ingleses que serviam na Índia, e lá conheceram o tênis de mesa, voltam ao Ocidente com a brincadeira e estimulam os Estados Unidos a patentearem as primeiras bolas de celulóide." E segue...

(Extraido do jornal comemorativo cuja manchete de capa foi: "Eles fizeram o nosso tempo")

Comentários

Claudio Kezen disse…
É isso aí, Walnize. E pensar nas folhas de enrolar peixe de feira que somos obrigados a aturar...

Um abraço.

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