Aperta que dá.....

Foto: site da ESPN Brasil
No encontro da seleção com Lula e Dona Marisa hoje à tarde, antes de voar para África, quem passou aperto mesmo foi o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Mas foi só na foto. Na vida real, a situação do cartola é tranquilíssima...
Ainda sobre o assunto, escreveu Mauro César Pereira, jornalista da ESPN Brasil:
"Hoje tivemos o ritual do "beija-mão" presidencial, exibido ao vivo para todo o país, com os guerreiros de Dunga se apresentando ao Presidente da República. Foi apenas mais um ato do jogo político envolvendo o Palácio do Planalto e o comando da Confederação Brasileira de Futebol.No final de 2001, Ricardo Teixeira estava em maus lençóis. Após suas atividades serem investigadas pela CPI da CBF-Nike, o dirigente enfrentava uma série de acusações — clique aqui para ler reportagem da época. Mas o cartola foi capaz de uma incrível virada neste jogo político.
A ação de parlamentares que formavam a chamada "Bancada da Bola" impediu a aprovação do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito que, tornado público, escancarou todos os absurdos desvendados pela CPI. Dessa forma, ficou tudo na mesma, e quem foi acusado se livrou. Em 2007 um lobby derrubou nova proposta de CPI feita pelo deputado Silvio Torres (PSDB-SP). O intuito era verificar a parceria entre o Corinthians e a MSI, entre outras mazelas da bola. Para abortar a ideia, alegaram que poderia atrapalhar a candidatura a sede da Copa de 2014. Mas a grande apróximação entre o comando da CBF e a Presidência da República se confirmou quando da realização do amistoso entre Brasil e Haiti, em 2004. A partida, com viés humanitário era um sonho de Lula. Assim, Teixeira o presentou e aliança com o Planalto se fortaleceu. Hoje os dois se ajudam. Quanto aos cordatos jogadores, pura e simplesmente se submetem a qualquer coisa, o que importa para é a seleção, ir à Copa. E daí se estão servindo como meros instrumentos para manobras políticas diante do povão eleitor? E daí se estamos em ano de urnas? Alguém acha que a CBF cortaria um Julio Cesar, um Maicon, um Lúcio, um Kaká, um Robinho, um Luis Fabiano, se dissesse que não gostaria de participar de evento com conotação política? E não estamos mais em 1970, quando uma postura assim seria considerada subversiva e traria riscos.
É, amigo, agora é Brasil-il-il-il!"

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