Um dia a menos em Samoa

Do site Terra:

Em 2011, o Ano-Novo chegará mais rápido para os 180 mil habitantes de Samoa, um pequeno Estado formado por ilhas no Oceano Pacífico. Neste ano, os samoanos não viverão o dia 30 de dezembro, distorção temporal que é resultado da decisão tomada pelo governo local de redefinir a localização horária do país.
Atualmente, Samoa ocupa o extremo-oeste da linha internacional do tempo (bons meridianos a oeste e boas horas atrás do Chile, por exemplo). Com a mudança, que é uma mera burocracia temporal, o país passará para o outro lado do mundo, isto é, o extremo-leste do relógio internacional (alguns meridianos e horas à frente da Oceania). Isso significa que Samoa passará do fim do mapa dos relógios (das atuais posições -10/-11 de Greenwhich) para a vanguarda dos ponteiros (possivelmente +13/+14).
Este salto no tempo tem razões econômicas. Na sua configuração atual, Samoa fica mais de 20 horas atrás da Austrália e da Nova Zelândia, os vizinhos com quem mantêm o principal das suas atividades econômicas. O resultado disso é que, em relação a estes países, a ilha perde, na prática, dois dias úteis de relações comerciais. "Quando aqui vamos à igreja no domingo, negócios já estão sendo conduzidos em Sydney", exemplifica o premiê samoano, Tuilaepa Sailele Malielegaoi.
Com a mudança, Samoa passará da rebarba para a dianteira das horas. A estimativa é que Apia, a capital do país, fique três horas à frente da Austrália e uma da Nova Zelândia. O que facilita o comércio, todavia, pode prejudicar o turismo do local, famoso entre os românticos por ser o último lugar do mundo onde é possível ver o alvorecer no fim de tarde. As agências de viagem terão agora que se contentar com a idiossincrasia de Samoa ser o primeiro país a ver (agora realmente de manhã) o sol nascer.

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