A família da atriz Leila Lopes divulgou ontem, parte do conteúdo de uma das cartas que a atriz deixou para os parentes. Em um trecho ela escreve: Eu não quero envelhecer e sofrer. Confira abaixo: "Eu não me suicidei, eu parti para junto de Deus. Fiquem cientes que não bebo e não uso drogas, eu decidi que já fiz tudo que podia fazer nessa vida. Tive uma vida linda, conheci o mundo, vivi em cidades maravilhosas, tive uma família digna e conceituada em Esteio, brilhei na minha carreira, ganhei muito dinheiro e ajudei muita gente com ele. Realmente não soube administrá-lo e fui iludibriada por pessoas de má fé várias vezes, mas sempre renasci como uma fênix que sou e sempre fiquei bem de novo. Aliás, eu nunca me importei com o ter. Bom, tem muito mais sobre a minha vida, isso é só para verem como não sou covarde não, fui uma guerreira, mas cansei. É preciso coragem para deixar esta vida. Saibam todos que tiverem conhecimento desse documento que não estou desistindo da vida, estou em b
Comentários
Melhor se lembrando, mesmo a distância ir se acentuando em espaço e tempo, verifica que as análises, conversas e recordações fluíram com muita facilidade e no mesmo tamanho em identificação de pensamentos.
Até deu para questionar agora, se tudo não parecia ser examinado antecipadamente como um estudo técnico, ou mesmo pautado conciliatoriamente antes.
Percebeu, também, de forma surpreendente, que mesmo não sendo entre eles a diferença de idade elástica, contudo, já por tantos anos e pelas distâncias em que vivem, hábitos, costumes e razões de cada local em que residem, poderiam, como consequência, ter informações e visões diferentes, desaguando em haver contradições em seus pontos de vista.
Felizmente, agora olhando pelo retrovisor, verifica que houve efetiva conjugação de ideias.
Haveria alguma razão a justificar tal fato? Longe, em contatos semanais só de ouvir a voz, trocavam opiniões que pelo tempo despendido não oferecia oportunidade de aprofundamento.
Mas houve de fato um aconchego pessoal de cada um, sem se constituir, no entanto, em acomodação emocional da concordância fácil e agradável.
De tudo foi falado, aclarado, debatido em tamanhas proporções e em volumes significativos.
Pelo relativo tempo curto, as abordagens, agora observa, pareceram de levantamentos pessoais de anos e anos.
Credita-se, entende, pelo nível elevado de comunhão que sempre foi edificado em casa para ambos desde a idade primeira e que naturalmente foi bem aceito e absorvido, permanecendo inatacável depois de tanto tempo.
Todavia, se houve um conservadorismo no que possuem de capital moral e educacional, quanto aos sentimentos, amplas margens de crescimento foram alargadas e efetivadas.
São registros que só à distância, mesmo ainda que bem pouca do afastamento físico, possibilita a visão mais aberta do que aconteceu.
Interiorizada a vivência, as marcas da sensação da ausência se expandem, deixando claro que qualquer tempo foi pouco e o muito que se falou insuficiente.
Mas sem reclamos, realizado, abastecido pelo calor recebido e doado, não se distanciou do desejo de novos encontros.
Francisco Alberto Sintra