A família da atriz Leila Lopes divulgou ontem, parte do conteúdo de uma das cartas que a atriz deixou para os parentes. Em um trecho ela escreve: Eu não quero envelhecer e sofrer. Confira abaixo: "Eu não me suicidei, eu parti para junto de Deus. Fiquem cientes que não bebo e não uso drogas, eu decidi que já fiz tudo que podia fazer nessa vida. Tive uma vida linda, conheci o mundo, vivi em cidades maravilhosas, tive uma família digna e conceituada em Esteio, brilhei na minha carreira, ganhei muito dinheiro e ajudei muita gente com ele. Realmente não soube administrá-lo e fui iludibriada por pessoas de má fé várias vezes, mas sempre renasci como uma fênix que sou e sempre fiquei bem de novo. Aliás, eu nunca me importei com o ter. Bom, tem muito mais sobre a minha vida, isso é só para verem como não sou covarde não, fui uma guerreira, mas cansei. É preciso coragem para deixar esta vida. Saibam todos que tiverem conhecimento desse documento que não estou desistindo da vida, estou em b
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De há muito já não se viam.
Mas guardavam, cada qual a seu modo, boas lembranças, amizade e educação familiar adquirida de berço.
Foram dias memoráveis de passeios, conversas várias e recordações de fatos e pessoas que com eles conviveram.
Passaram a limpo velhas e novas histórias,
Desta feita, no entanto, muito mais à vontade para segredar seus erros, frustrações, alegrias e desejos.
Certo é que nunca houve antes momentos tão marcantes de desnudada cumplicidade.
Para eles, sentiram que alguma coisa mágica aconteceu, que pode ser creditado até ao amadurecimento de sentimentos, ideias e o vivenciar de dissabores, tão natural em quem já transitou o bastante em longa estrada para chegar à compreensão.
Decorridos tantos dias, absorvidos pelas atenções e pela presença, até prazeres e obrigações foram minimizados em suas importâncias diante daqueles momentos.
Compreensível, claro, afinal sempre se integraram, mas as jornadas de conquistas profissionais fizeram com que se afastassem e as distâncias dos seus exercícios eram consideráveis.
Bem verdade que se a ausência física é efetiva, jamais abriram mão da boa comunicação pelos meios que lhes possibilitassem contatos, às vezes até por duas ou três vezes por semana.
Mas o desejo de estar junto sempre foi muito forte.
Agora, passou a sentir um vazio com o partir, mesmo sabendo que a ida daquele seu único irmão para o seu meio familiar, naturalmente, já o pressionava intensamente.
No entanto, ficou certo dentro de cada um quantitativos expressivos da importância do encontro, que desejam, continuarão muitas e muitas vezes mais.
Todavia, se para o que se foi existe muitos em casa a esperar, ao contrário, o que ficou, ficou, somente com a sua sempre presente e constante solidão.
O que no caso, aliás, não lhe trás nenhuma tristeza, mas uma acentuada conformação, sem abdicar de almejar que assim não seja para sempre.
Francisco Alberto Sintra