Do Baú do Sociedade




sábado, 10 de outubro de 2009


 Adoro os textos da Martha Medeiros e como é fim de semana, deixo este aí para os amigos, e principalmente para as amigas que visitam o Sociedade:

 "O assunto "amor" é sempre cafonérrimo"
 Martha Medeiros
 Quem é que nunca teve um Rodrigo, um Marcelo, um Felipe, um Rafael? Ou um... tudo bem, pode ser uma Roberta, uma Juliana, uma Daniele ou uma Patrícia... Paquerar é bom, mas chega uma hora que cansa! Cansa na hora que você percebe que ter 10 pessoas ao mesmo tempo é o mesmo que não ter nenhuma, e ter apenas uma, é o mesmo quer possuir 10 ao mesmo tempo! A "fila" anda, a coleção de "figurinhas" cresce, a conta de telefone é sempre altíssima...Mas e aí? O que isso te acrescenta? Nessas horas sempre surge aquela tradicional perguntinha: "Por que aquela pessoa pela qual você trocaria qualquer programa por um simples filme com pipoca abraçadinho no sofá da sala não despenca logo na sua vida?" Se o tal "amor" é impontual e imprevisível, que se dane! Não adianta: as pessoas são impacientes! São e sempre vão ser! Tem gente que diz que não é... "Eu não sou ansioso, as coisas acontecem quando tem que acontecer."M-E-N-T-I-R-A! Por dentro todo ser humano é igual: impaciente, sonhador, iludido... Jura de pé junto que não, mas vive sempre em busca da famosa cara metade.Pode dar o nome que quiser: amor, alma gêmea, par perfeito, a outra metade da laranja... No fim dá tudo no mesmo. Pode soar brega, cafona, piegas... Mas é a realidade. Inclusive o assunto "amor" é sempre cafonérrimo. Acredito que o status de cafona surgiu porque a grande maioria das pessoas nunca teve a oportunidade de viver um grande amor. Poucas pessoas experimentaram nesta vida a sensação de sonhar acordada, de dormir do lado do telefone, de ter os olhos brilhando, de desfilar com aquele sorriso de borboleta azul estampado no rosto...Não lembro se foi o "Wando" ou se foi o "Reginaldo Rossi" que disse em uma entrevista que se a Marisa Monte não tivesse optado pelo "Amor I love you" e que se o Caetano não tivesse dito "Tô me sentindo muito sozinho..." eles não venderiam mais nenhum disco. Não adianta, o público gosta e vibra com o "brega". Não adianta tapar o sol com a peneira. Por mais que você não admita: você ficou triste porque o Leonardo di Caprio morreu em "Titanic" e ficou feliz porque a Julia Roberts e o Richard Gere acabaram juntos em "Uma Linda Mulher". Existe pelo menos uma música sertaneja ou um "pagodinho" que te deixe com dor de cotovelo. Você sabe a letra de pelo menos uma das músicas de "Sandy e Júnior", nem que seja para cantar com a música de fundo.Quando você está solteiro e vê um casal aos beijos e abraços no meio da rua você sente a maior inveja. Você já se pegou escrevendo o seu nome e o da pessoa pelo qual você está apaixonada no espelho embassado do banheiro, ou num pedacinho de papel. Você já se viu cantando o mantra "Toca, telefone, toca" em alguma das sextas feiras de sua vida, ou qualquer outro dia que seja. Você já enfiou os pés pelas mãos alguma vez na vida e se atirou de cabeça numa "relação" sem nem perceber que você mal conhecia a outra pessoa e que com este seu jeito de agir ela te acharia um tremendo louco. Você, assim como nos contos de fada, sonha em escutar um dia o tal "E foram felizes para sempre" e adora quando passa na TV aqueles comerciais de margarina, a là Doriana, no maior estilo "super família feliz" durante o intervalo das novelas...Bem, preciso continuar? Ok, acho que não... Mas, assim como você, eu também me nego a confessar qualquer uma das situações descritas acima, até porque, nós, mulheres, não somos mulheres de ficar sonhando acordada, ou paradas esperando a vida passar. E, todOOOOs nós, morremos mas não perdemos a pose, certo?!?!"
 E no mais é como dizia o Renato Russo: "Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração, e quem irá dizer que não existe razão..." Postado por 

Gervásio Cordeiro NETOemagrecer dicas

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Alzira Vargas: O parque do abandono

Carta de despedida de Leila Lopes