Dicas na área profissional

Interessante matéria do jornal "O Globo" do dia 14 de abril:


"Saiba quais as nove frases que os chefes menos gostam de ouvir

Gestor, líder, gerente, patrão. Não importa a maneira de nomeá-lo: chefe sempre é chefe. E, no dia a dia, o trato com o superior exige alguns cuidados: falar sem pensar pode trazer consequências negativas. Pesquisa do site de recrutamento americano Monster descobriu as nove frases que os chefes menos gostam de ouvir — e que, por isso, aconselham seus analistas, devem ser evitadas.
A começar pelo popular "Eu não sei" ou o preguiçoso "Isso é impossível". Mesmo que a tarefa requisitada seja, de fato, inviável, existem outras maneiras, no mínimo mais otimistas, de responder. O constrangedor pedido de aumento é outro destaque na pesquisa da Monster. Justificar a solicitação dizendo que precisa de mais dinheiro porque comprou um apartamento ou teve um filho não pega bem.
— Friamente falando, a organização não tem nada a ver com isso — avalia Amanda Oliveira, gerente de Sales e Marketing da Hays, consultoria especializada em recrutamento e seleção.
— Na hora de pedir um aumento, é melhor falar em desejo de crescer na carreira e de ter mais desafios. Até porque, a grande questão não é o conteúdo, mas a forma com que as coisas são colocadas.
— Não há tema que não possa ser abordado, desde que se pense antes de falar e que se conheça bem o superior em questão — frisa Pablo Aversa, sócio da Alliance Coaching.
Mas conhecer bem não significa, necessariamente, ser amigo: pesquisa da Trabalhando.com, que entrevistou 325 trabalhadores, diz que para 48% a amizade com o chefe pode prejudicar a carreira. Autor do livro "Não tenha medo de gerenciar seu chefe", o americano Bruce Tulgan, em entrevista por e-mail ao Boa Chance, recomenda que essa relação seja, sim, construída com base no diálogo, mas sugere que as palavras de toda conversa sejam escolhidas cuidadosamente:
— Não desperdice palavras, especialmente quando estiver falando com seu chefe. Frases refletem posturas tidas como inadequadas, diz analista Andreza Santana, gerente de marketing sênior do Monster Brasil, diz que, aqui no país, os profissionais devem tomar ainda mais cuidado do que nos Estados Unidos, que serviu de base para a lista com as nove coisas que os chefes menos gostam de ouvir:
 — Aqui, nós passamos muito tempo no trabalho e, de fato, é fácil confundir as coisas na hora de se relacionar com o chefe. É saudável que haja certo limite na questão da amizade com o gestor. Para a gerente de marketing, os chefes preferem não escutar certas respostas que, na verdade, refletem a postura pouco adequada por parte dos funcionários. Como quando eles dizem "Mandei um e-mail sobre isso na semana passada" ou "Não é culpa minha".
 — Se o assunto é importante, não dá para simplesmente mandar e-mail e achar que vai se livrar do problema. É claro que um chefe não gosta desse tipo de atitude. Se mandou e-mail e não teve resposta, tem que correr atrás, procurar para conversar — diz Andreza.
Postura otimista cria uma imagem mais positiva Pablo Aversa, sócio-fundador da Alliance Coaching, lembra que, em média, cada gestor tem sete subordinados em sua equipe.
— Imagina ter sete funcionários que sempre olham o lado negativo e tentam se eximir da culpa? — indaga Aversa.
— Quem tem postura otimista, tenta sempre ajudar, vai ser mais bem visto pelo chefe, e terá mais chances de receber um aumento, por exemplo. E como a imagem, no mundo corporativo, realmente faz a diferença, os especialistas não veem motivo para o funcionário contar para seu gestor que está de ressaca porque "A festa bombou ontem".
 — Não há nenhuma necessidade de chamar atenção para o fato de que você se envolveu em um comportamento na sua vida pessoal que está fazendo com que sua performance caia no trabalho. É melhor ficar na sua — ressalta Bruce Tulgan, autor do livro "Não tenha medo de gerenciar seu chefe" Também é recomendado manter a discrição quando houver problemas com algum colega. Não agradam aos chefes aqueles que chegam falando que "Não aguentam trabalhar com fulano".
— É claro que problemas de relacionamento acontecem, mas é preciso saber muito bem para quem relatar esse tipo de situação, se é para o RH, para o coordenador, ou gestor imediato.
E, na hora de falar, o melhor é se basear sempre em fatos, nunca na emoção — aconselha Amanda Oliveira, gerente de Sales e Marketing da Hays. Tampouco caem nas graças dos chefes os que reclamam que "As coisas sempre foram feitas desse jeito".
— Isso mostra alguém que não está aberto para o novo e para mudanças. Ideias novas são bem-vindas — avalia Andreza, do Monster Brasil. Agora, quando o assunto é apresentar alguém para tentar desencalhar o patrão, a sugestão é que isso nunca seja feito para tentar forçar intimidade.
— Isso vale até para as empresas mais informais. O subordinado só deve ultrapassar a fronteira no momento em que for convidado pelo chefe. Tem que saber medir isso — conclui Pablo Aversa. "

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