Pesquisadores brasileiros estudam enzimas de baratas para obter etanol

Rafael Sampaio
Do Globo Natureza
 em São Paulo

Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) está estudando como usar baratas - mais precisamente enzimas especializadas no sistema digestivo delas - para ajudar na obtenção do etanol.
A ideia é usar as enzimas para degradar bagaço de cana e com isso obter açúcares, que podem ser usados para produzir etanol, aponta o professor Ednildo de Alcântara Machado, do Instituto de Biofísica da UFRJ.
O álcool é obtido pela fermentação destes açúcares, realizada por fungos conhecidos como leveduras. Dois tipos de baratas estão sendo pesquisados: a Periplaneta americana, espécie comum e encontrada em esgotos e escondidas nas casas; e a Nauphoeta cinerea, um tipo de barata da América Central, mas que hoje é encontrada em vários lugares do globo.
Alimentados com bagaço de cana, os insetos se adaptaram e tornaram-se capazes de digeri-lo, produzindo enzimas especializadas para isso, diz o pesquisador
                                                             (...)
O pesquisador aponta um ganho ambiental com a produção do etanol desta maneira: a diminuição da necessidade de se plantar cana-de-açúcar. "Em vez de plantar mais cana, você aproveitaria o corpo das células da planta. Você aumentaria a produção do álcool sem plantar mais", diz Machado. Para ler mais notícias do Globo Natureza, clique em g1.globo.com/natureza.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Alzira Vargas: O parque do abandono

Carta de despedida de Leila Lopes