Notícias, cotidiano, curiosidades, opinião e participação do leitor.
Cardápio do dia: política, poesia, esportes, música, literatura e muito mais!
A casa é nossa!!
Leise, eterna namorada de Fernando Brant, estava na cozinha preparando uma macarronada. Mamãe Maricota e seu Salomão também confraternizavam com os filhos e os amigos dos filhos, tomando cerveja no meio da turma. Papai não perdia a chance de pegar um no canto e arriar filosofia. Mamãe o repreendia, vendo-lhe a sofreguidão cervejeira: - Não vá exagerar, héin, Salim.
Na saleta de piano, Lô Borges convocou a mim(Márcio Borges) e ao Fernando Brant para ouvirmos um tema que acabara de compor ali na hora, no meio daquela confusão de irmãos, amigos e cervejada.
Todos os que estavam por perto na hora se acercaram do piano, para ouvir o tema de Lô. Então, depois de executá-lo por diversas vezes, a ponto de todos estarmos cantarolando os "lá-Iá-Iás" em uníssono com ele, sem erros, Lô parou de tocar e nos propôs: - Então? Vocês dois não querem meter uma letra nisso não? - Só se for agora - respondeu Fernando. - Qual é o tema que você pensou pra ela? - perguntei. - Na verdade, eu(Márcio Borges) estava pensando na parceria do John e do Paul... nas parcerias, né. A gente aqui, também fazendo as nossas ... e eles nunca vão saber. Mas pode ser outra coisa qualquer que vocês sentirem - Lô se apressou em dizer.
- Por mim esse tema está ótimo - disse Fernando. - Eu faço a primeira parte e você faz a segunda - combinei com ele. Providenciei canetas e papel e nos trancafiamos no quarto de meus pais. Eu não queria perder a festa, nem Fernando. Em menos de meia hora, portanto, estávamos de volta à saleta do piano, bem a tempo de pegar a saída da macarronada de Leise. Já havia até alguns de prato na mão, ao redor do piano, quando Lõ cantou pela primeira vez os rabiscos que colocamos diante dele, na estante do piano. Na minha parte estava escrito:
Porque vocês não sabem do lixo ocidental Não precisam mais temer Não precisam da timidez todo dia é dia de viver Porque você não verá Meu lado ocidental Não precisa medo não Não precisa da solidão Todo dia é dia de viver ...
Na parte de Fernando estava escrito: Eu sou da América do Sul eu sei vocês não vão saber Mas agora sou cowboy sou do ouro, eu sou vocês Sou do mundo, sou Minas Gerais.
Daí, fomos com disposição à macarronada da Leise, convictos de que acabávamos de compor uma bela música - apesar da rapidez. Quanto ao nome, ficou sendo o que Lô sugeriu: "Para Lennon e McCartney".
FONTE: Os Sonhos Não Envelhecem(Histórias Do Clube Da Esquina) MÁRCIO BORGES
Este é o retrato do que podemos chamar de Parque do Abandono. O lugar que já foi sede de outras entidades de interesse público, ultimamente estava servindo à Guarda Civil do município de Campos. Recentemente uma obra de reforma foi ensaiada no local, mas só na fachada principal do prédio. Seu interior continua abandonado e servindo para a bandidagem se esconder. Semana passada uma pessoa foi atacada quando passava pelo local. É inadmissível que um espaço desse tamanho fique abandonado no Centro da cidade, podendo ser utilizado para diversas outras atividades, como: estacionamento público, atividades esportivas, parquinho para crianças, enfim...uma enormidade de possibilidades. Vale lembrar que o Alzira Vargas é rodeado de hospitais, supermercados, academias, faculdades e residências particulares. As fotos acima foram feitas no fim do governo passado. Resolvi repetir, pois não está muito diferente atualmente. Fica o registro.
Fumante, Celso não procurou tratamento para a doença.:foto: reprodução internet Abaixo o depoimento emocionado de um amigo de infância de Celso Blues Boy, publicado no jornal O Fluminense. No texto, o motociclista David Moreno Filstein, que também o acompanhou em alguns de seus últimos shows, confirma que o bluesman - falecido esta semana vítima de câncer na laringe - não fez nenhum esforço para se tratar e largar os vícios que acabaram contribuindo para sua doença. Fica o registro e o alerta: Lembrança de um amigo Somos amigos de infância e tive o prazer de conviver muitas das fazes de sua vida. Quando foi expulso de casa na sua adolescência morou na minha casa por alguns meses antes de ser o Celso Blues Boy. Quando descobriu sua veia de Bluseiro, curti suas músicas quase em primeira mão (Aumenta que isso ai é Rock Roll, Sempre Brilhará e outros clássicos por ele gravados para nosso puro deleite). Ao longo de sua jornada tocando com vários músicos e amigos em bares ...
O AMOR ETERNO PASSEIA DE ÔNIBUS Marina Colasanti Vou atribuir esta história ao Rubem Braga. Primeiro, porque acho que foi ele que me contou há muito tempo. Segundo, porque, se não foi ele, deveria ter sido, já que a história tem toda a cara de Rubem Braga. Pois bem, antigo apaixonado pela praia e observador atento de seus freqüentadores, Rubem reparava num casal de velhinhos que todo dia, ao final da tarde, passeava na calçada. Iam de mãos dadas, olhando as ondas, trocando umas poucas palavras, sem pressa, como quem já se disse tudo o que havia de importante para dizer. Às vezes levavam um cão, outras vezes iam sozinhos. Tinham um ar doce e apaziguado que encantava Rubem. Afinal, dizia-se o cronista olhando o casal, o amor é possível e, na nossa pequena medida, pode até mesmo ser eterno. A vida quis que um dia Rubem conhecesse uma jovem senhora, a qual se revelaria adiante parente do casal de velhinhos. E foi por ela, numa tarde em que louvava encantado o amor daquel...
Comentários
A ORIGEM DA MÚSICA "Para Lennon e McCartney".
Leise, eterna namorada de Fernando Brant, estava na cozinha preparando uma macarronada. Mamãe Maricota e seu Salomão também confraternizavam com os filhos e os amigos dos filhos, tomando cerveja no meio da turma. Papai não perdia a chance de pegar um no canto e arriar filosofia. Mamãe o repreendia, vendo-lhe a sofreguidão cervejeira:
- Não vá exagerar, héin, Salim.
Na saleta de piano, Lô Borges convocou a mim(Márcio Borges) e ao Fernando Brant para ouvirmos um tema que acabara de compor ali na hora, no meio daquela confusão de irmãos, amigos e cervejada.
Todos os que estavam por perto na hora se acercaram do piano, para ouvir o tema de Lô. Então, depois de executá-lo por diversas vezes, a ponto de todos estarmos cantarolando os "lá-Iá-Iás" em uníssono com ele, sem erros, Lô parou de tocar e nos propôs:
- Então? Vocês dois não querem meter uma letra nisso não?
- Só se for agora - respondeu Fernando.
- Qual é o tema que você pensou pra ela? - perguntei.
- Na verdade, eu(Márcio Borges) estava pensando na parceria do John e do Paul... nas parcerias, né. A gente aqui, também fazendo as nossas ... e eles nunca vão saber. Mas pode ser outra coisa qualquer que vocês sentirem - Lô se apressou em dizer.
- Por mim esse tema está ótimo - disse Fernando.
- Eu faço a primeira parte e você faz a segunda - combinei com ele. Providenciei canetas e papel e nos trancafiamos no quarto de meus pais. Eu não queria perder a festa, nem Fernando. Em menos de meia hora, portanto, estávamos de volta à saleta do piano, bem a tempo de pegar a saída da macarronada de Leise. Já havia até alguns de prato na mão, ao redor do piano, quando Lõ cantou pela primeira vez os rabiscos que colocamos diante dele, na estante do piano. Na minha parte estava escrito:
Porque vocês não sabem do lixo ocidental
Não precisam mais temer Não precisam da timidez todo dia é dia de viver Porque você não verá Meu lado ocidental
Não precisa medo não Não precisa da solidão Todo dia é dia de viver ...
Na parte de Fernando estava escrito:
Eu sou da América do Sul eu sei vocês não vão saber Mas agora sou cowboy sou do ouro, eu sou vocês
Sou do mundo, sou Minas Gerais.
Daí, fomos com disposição à macarronada da Leise, convictos de que acabávamos de compor uma bela música - apesar da rapidez. Quanto ao nome, ficou sendo o que Lô sugeriu: "Para Lennon e McCartney".
FONTE: Os Sonhos Não Envelhecem(Histórias Do Clube Da Esquina)
MÁRCIO BORGES