Recebi de um amigo o e-mail abaixo que reproduzo aqui no Sociedade, com texto e imagens de outras enchentes em nossa cidade. Para os mais novos e os que sempre ouvem falar da famosa enchente de 66 (sou um deles), eis um relato interessante. Ainda houve uma enchente marcante em 1943, como veremos. Infelizmente não sei de quem é autoria do texto, mas vale o registro: "Com o período das chuvas em Campos e região, sempre nos perguntamos: será essa é a maior cheia de todos os tempos? Nas várias respostas, algumas remetem a grande cheia de 1966, responsável direta pela construção dos diques, principalmente na região central. Os anos de 1943 e 2007, também entram nesta lista, pela forma como deixaram a cidade, na parte central, com muitas ruas alagadas. Com diques ou sem eles, o que fica registrado oficialmente é que o ano de 2007 foi o de nível mais alto registrado pelas réguas de medição, no Paraíba do Sul. Em 1966 o nível do Rio chegou a 10,80; mas como não haviam diques...
Comentários
Melhor se lembrando, mesmo a distância ir se acentuando em espaço e tempo, verifica que as análises, conversas e recordações fluíram com muita facilidade e no mesmo tamanho em identificação de pensamentos.
Até deu para questionar agora, se tudo não parecia ser examinado antecipadamente como um estudo técnico, ou mesmo pautado conciliatoriamente antes.
Percebeu, também, de forma surpreendente, que mesmo não sendo entre eles a diferença de idade elástica, contudo, já por tantos anos e pelas distâncias em que vivem, hábitos, costumes e razões de cada local em que residem, poderiam, como consequência, ter informações e visões diferentes, desaguando em haver contradições em seus pontos de vista.
Felizmente, agora olhando pelo retrovisor, verifica que houve efetiva conjugação de ideias.
Haveria alguma razão a justificar tal fato? Longe, em contatos semanais só de ouvir a voz, trocavam opiniões que pelo tempo despendido não oferecia oportunidade de aprofundamento.
Mas houve de fato um aconchego pessoal de cada um, sem se constituir, no entanto, em acomodação emocional da concordância fácil e agradável.
De tudo foi falado, aclarado, debatido em tamanhas proporções e em volumes significativos.
Pelo relativo tempo curto, as abordagens, agora observa, pareceram de levantamentos pessoais de anos e anos.
Credita-se, entende, pelo nível elevado de comunhão que sempre foi edificado em casa para ambos desde a idade primeira e que naturalmente foi bem aceito e absorvido, permanecendo inatacável depois de tanto tempo.
Todavia, se houve um conservadorismo no que possuem de capital moral e educacional, quanto aos sentimentos, amplas margens de crescimento foram alargadas e efetivadas.
São registros que só à distância, mesmo ainda que bem pouca do afastamento físico, possibilita a visão mais aberta do que aconteceu.
Interiorizada a vivência, as marcas da sensação da ausência se expandem, deixando claro que qualquer tempo foi pouco e o muito que se falou insuficiente.
Mas sem reclamos, realizado, abastecido pelo calor recebido e doado, não se distanciou do desejo de novos encontros.
Francisco Alberto Sintra