Crônica de sábado
Brasilidade
Walnize Carvalho
A mulher saiu cedo.
Ida ao supermercado. Visitou a seção de importados. Encheu o carrinho de produtos diversos: alimentos da culinária japonesa, vinhos chilenos, massas italianas, temperos exóticos, frutas desidratadas...
Desfilava com a mercadoria, quando na seção de panelas, viu seu rosto espelhado no inox.Sorriu irônica.Lembrou-se de Dolores, sua fiel cozinheira, que sendo mineira era uma expert em pratos de sua cidade natal.
Olhou para o relógio. Apressou o passo, pois estava atrasada. Retornou a mercadoria aos seus lugares.
Apanhou uma cestinha. Colocou feijão mulatinho, couve, carne seca, linguiça, paio...
Dirigiu-se ao caixa.
Ah!...Voltou para buscar a aguardente e limão para a “caipirinha”.
Pagou a conta e saiu.
Chegou à casa.Pôs sobre a pia da cozinha todo o material comprado no supermercado.
Enquanto se arrumava para o trabalho colocou um samba para tocar pensando na feijoada de domingo.
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