As três crianças chegaram ao anoitecer. Tristes, traziam nos semblantes as dores choradas por horas. De mãos dadas, adentraram o que lhes seria, a partir de então, o novo lar. A mãe havia partido no dia anterior, no rumo do Mundo Espiritual. O Diretor da Instituição as recebeu e tentou acarinhá-las, desejoso de compensar-lhes o aconchego perdido. Porque estivessem tomadas todas as camas, ele cedeu a sua para que as três pudessem dormir, naquela noite. Ele próprio se acomodou, de forma improvisada, no mesmo quarto. Adormeceram as crianças, abraçadas, num intuito de uma a outra darem proteção. Na madrugada, algo despertou aquele homem. Abriu os olhos e percebeu um grande clarão próximo à cama dos pequenos. Tentou erguer-se mas não conseguiu. Uma forma feminina, no meio da luz intensa, lhe disse: Não se mexa. Fique aí. As crianças estão bem. E deteve-se, especialmente, ao lado do menor dos garotos. O mais desalentado daquele trio. Durante algum tempo ali permanec...