Vida perfeita? Só no facebook!!!
No último fim de semana, é provável que
você tenha visto postadas aos montes no Instagram fotos de festas
incríveis, piqueniques no parque, drinks na praia, pés na areia,
crianças fofas e cachorros mais fofos ainda. E pode ter caído na
armadilha de acreditar que seus amigos – e os amigos dos amigos –
estavam se divertindo muito mais do que você.
Não é de hoje que se espelhar nos outros
para avaliar a sua própria vida é um comportamento comum. Mas é fato
que as redes sociais conseguem deixar a felicidade alheia mais sedutora,
transformando pessoas e situações em ideais. Imagens de “vida perfeita”
sempre estiveram por aí, carregando a mensagem inquietadora: “Você
poderia ser melhor”.
Ao ver amigos questionarem a própria
vida depois de navegar pelo Facebook, o psicólogo Alexander Jordan, da
Universidade de Stanford, na Califórnia, foi pesquisar o assunto a
fundo. Em 2011, publicou uma série de estudos sobre como universitários
avaliavam as emoções dos seus amigos. Concluiu que a maioria superestima
a felicidade dos outros e subestima sentimentos negativos. Ao mesmo
tempo, quanto menos os estudantes enxergavam experiências negativas na
vida dos outros, mais reportavam solidão e tristeza na sua. Na
apresentação do estudo, citou o filósofo iluminista Montesquieu: “Se
quiséssemos apenas ser felizes, seria fácil. Mas queremos ser mais
felizes que os outros, o que quase sempre é difícil, já que pensamos que
eles são mais felizes do que realmente são”.
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