Cobramos do "céu", mudanças na nossa vida, dizemos que não aguentamos mais a situação. Choramos e nos lamentamos diante da dor, mas poucos mudam sequer um vício, poucos estão dispostos a renúncia, seja de um palito, seja de um bem maior. Fazemos o impossível por quem acreditamos, e que, as vezes nem vale a pena! Mas por vezes, pulamos o caído da calçada, indiferentes a dor humana, nem reparamos, seguimos pensando nos nossos problemas. Arranjamos tempo para o salão de beleza, conseguimos horas livres para o futebol, criamos o "happy hour" para estar com os amigos, mas desconhecemos o caminho da visita nos hospitais, muitos parentes desconhecem o nosso paradeiro, nos asilos pais abandonados, mães sonhadoras, no banco de sangue a ausência da nossa cota. "Queremos a parte boa da fruta, o doce, e se bobear jogamos o caroço no chão". Assim, seguimos nossa marcha de lamentações, chorando pela doença que nos atingiu"do nada", do desemprego que nos pegou ...