Crer ou não crer
Walnize Carvalho
Estamos na metade do mês de agosto. Mesmo assim, aproveito para,nesta
crônica de hoje, tecer comentários sobre crendices que permeiam nosso dia a
dia, em especial, neste oitavo mês do ano. Por sua origem popular, elas também
integram a sabedoria ou superstição de um povo e estão associadas a pesar, tristeza,
dissabor e sofrimento
Quem nunca ouviu o dito popular: “Agosto é o mês do desgosto”?
A verdade é que a crença popular de que
agosto é o mês de desgosto não é somente um ditado popular que rima; é, também,
uma superstição internacional de grande aceitação entre nós, principalmente na
zona rural do país, destacando-se, de modo muito particular, em todo o
Nordeste, onde o processo de colonização foi homogeneamente português.
É sabido que
os romanos deram ao oitavo mês do ano o nome de agosto, em homenagem ao
Imperador Augusto.
Conta-se , também, que as mulheres portuguesas não casavam nunca no mês de agosto, pois nesta época os navios das expedições zarpavam à procura de novas terras. Casar em agosto significava ficar só, sem lua-de-mel e, às vezes, até mesmo viúva. Os colonizadores portugueses trouxeram esta crença para o Brasil.
Existem muitos registros históricos de desastres e outros fatos ruins ocorridos durante o mês de agosto.
Conta-se , também, que as mulheres portuguesas não casavam nunca no mês de agosto, pois nesta época os navios das expedições zarpavam à procura de novas terras. Casar em agosto significava ficar só, sem lua-de-mel e, às vezes, até mesmo viúva. Os colonizadores portugueses trouxeram esta crença para o Brasil.
Existem muitos registros históricos de desastres e outros fatos ruins ocorridos durante o mês de agosto.
Pesquisas detalhadas e, até certo ponto, macabras
fazem o registro de datas marcantes. Irei transcrever algumas: Em 24 de agosto
de 1572, a rainha da França, Catarina de Médici ordenou o massacre de São
Bartolomeu, também conhecida como a “Noite de São Bartolomeu”. Foi um episódio sangrento na repressão aos protestantes na França pelos reis
franceses, que eram católicos e que ceifou
milhares de vidas. Seguindo a saga do
mês... em 24 de agosto de 1910, o Japão invadiu a Coréia, às custas de muito
sangue, de muitas lágrimas. Também ficou
marcante que a 1º de agosto de
1914 começou a 1ª Grande Guerra Mundial assim como em agosto de 1939 os homens
iniciaram a II Grande Guerra Mundial.E segue a História trazendo mais fatos: Em
2 de agosto de 1932, o líder nazista,Adolfo Hitler assume o governo da
Alemanha.
Dentre outras catástrofes, em 8 de agosto de 1937, a cidade de Pequim foi invadida pelos japoneses e entre os dias 6 e 9 de agosto de 1945, as cidades japonesas de Hiroshima e Nagazaki foram destruídas pela bomba atômica, nisto que foi certamente o maior genocídio da História.
Dentre outras catástrofes, em 8 de agosto de 1937, a cidade de Pequim foi invadida pelos japoneses e entre os dias 6 e 9 de agosto de 1945, as cidades japonesas de Hiroshima e Nagazaki foram destruídas pela bomba atômica, nisto que foi certamente o maior genocídio da História.
Já no Brasil, dois presidentes da República, muito amados pelo
povo, morreram tragicamente no mês de agosto: Em 24 de agosto de 1954, Getúlio
Vargas praticou suicídio, “saindo da vida para entrar na História” e em 22 de
agosto de 1976, Juscelino Kubitscheck faleceu, vítima de um desastre
automobilístico. Já no dia
25 de agosto de 1961, o país foi surpreendido pela renúncia do Presidente Jânio Quadros.
Em nossa Campos, em15 de agosto de 1937,
em um comício de Integralistas na praça
São Salvador ,centenas de pessoas foram chacinadas.
E mais um fato
deixa marcas neste mês de agosto: no último dia 13 morreu Eduardo Campos - candidato à presidente do Brasil nas
próximas eleições – em acidente aéreo em Santos/SP.
Fatalidade? Coincidência? O certo é que
só nos cabe crer ou não crer em uma destas duas possibilidades que fazem engrossar o coro dos que dizem que
“Agosto é o mês do desgosto”
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