Estado de espírito
À sombra negra da lua, o homem uiva pela rua.
Seus escombros interiores escorrem
junto ao vômito, cervejas e cigarros amassados
nas calçadas onde putas, cães e baratas
lhe emprestam um pouco de companhia.
Seus ombros, membros e anseios caídos como anjos imundos,
vagam pelas crateras da lua das suas ruas interiores,
vagas idéias desconexas escorridas para o bueiro
negro das suas palavras mudas, rotas e disformes.
Lua, rua, vômito. Tudo é uma língua negra
escorrendo pela sarjeta escura do mundo.
Seus escombros interiores escorrem
junto ao vômito, cervejas e cigarros amassados
nas calçadas onde putas, cães e baratas
lhe emprestam um pouco de companhia.
Seus ombros, membros e anseios caídos como anjos imundos,
vagam pelas crateras da lua das suas ruas interiores,
vagas idéias desconexas escorridas para o bueiro
negro das suas palavras mudas, rotas e disformes.
Lua, rua, vômito. Tudo é uma língua negra
escorrendo pela sarjeta escura do mundo.
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