Cabral descarta Estado gerindo o Maracanã
"Sem dúvida o Maracanã nunca mais volta a ser administrado pelo
Estado". Com essas palavras o governador do Rio de Janeiro, Sérgio
Cabral, descartou qualquer possibilidade de o governo fluminense voltar a
ter o controle do estádio. A hipótese chegou a ser ventilada após o
próprio governador ter voltado atrás e vetado as demolições do Célio de Barros e do Julio Delamare. O Consórcio Maracanã venceu, em maio, licitação para gerir o estádio pelos próximos 35 anos.
- Sem dúvida o Maracanã nunca mais volta a ser administrado pelo
Estado, isso é um equívoco que se cometeu no passado. Erro grave de
gestão, não tem cabimento isso. Estado é o proprietário, o Maracanã não
foi vendido, mas a concepção de gestão prevaleceu. Dos 12 estádios
construído ou reformados para a Copa, nove são concessionados e não são
administrados pelos governos locais. Brasília não pode ser considerado
porque é algo à parte. Brasília mão tem clube de futebol com força
local, há torcedores de diversos lugares do Brasil e é um governo
sustentado pelo Governo Federal. Mas Pernambuco, Bahia, Minas, Rio
estabeleceram esse conceito, que é o mais correto de gestão
compartilhada - disse Sérgio Cabral, que recebeu na manhã desta
segunda-feira judocas que representaram o Brasil no Mundial, disputado
na semana passada no Maracanãzinho.
Na parte da tarde, o governador irá receber representantes dos quatro
grandes times de futebol do Rio de Janeiro. Quer ouvir o que os clubes
têm a dizer sobre o início da gestão do consórcio à frente do Maracanã.
Na última semana, o Flamengo, por carta, se manifestou contra as condições oferecidas
e reclamando das muitas despesas. O Rubro-Negro assinou contrato apenas
até o fim do ano, no qual divide os lucros e os gastos por cada
partida.
- Quero ouvir os quatro grandes clubes. A visão de cada clube. É
evidente que cada clube tem seu estádio de pequeno ou médio porte. Mas
no caso do Rio não há nenhum com estádio de grande porte. O Maracanã
está concessionado, a concessionária respondeu às informações que
formalizamos sobre o Célio de Barros e o Julio Delamare e a Casa Civil
está avaliando. Quero ouvir todos.
O Fluminense foi o primeiro clube a assinar contrato com o consórcio, com duração de 35 anos. O Botafogo firmou acordo nos mesmos moldes, mas com liberdade para decidir seu futuro após a reabertura do Engenhão, fechado para obras estruturais.
Fonte: Globo.com
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