ESPN Brasil: Após explosão, operários fazem greve em obras do Maracanã para Copa de 2014

Os operários que trabalham na reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014 decidiram entrar em greve nesta quarta-feira, informou o sindicato da construção pesada do Rio de Janeiro. A decisão foi tomada depois que um operário se feriu numa explosão ocorrida dentro do canteiro de obras.

Segundo o sindicato, o operário Carlos Felipe da Silva se feriu quando tentou cortar um galão de combustível que estaria vazio. O galão explodiu e feriu o trabalhador, que teve queimaduras graves e ferimentos profundos nos membros inferiores.

Ele foi levado para o Hospital Souza Aguiar, no centro da cidade. "Temos que melhorar nossas condições de trabalho que não são as ideais. Só voltaremos ao trabalho quando nossas reivindicações forem atendidas", disse à Reuters o diretor do sindicato Romildo da Silva.

A categoria também está pleiteando aumento no salário, que gira em torno de 1.200 reais, plano de saúde e auxílio refeição. De 1200 a 1500 operários trabalham em cada turno de obra do Maracanã.

O consórcio responsável pela obra e os representantes do sindicato vão se reunir para tentar chegar a um acordo. "Operários interromperam as obras de reforma do Maracanã no início da tarde. São questões trabalhistas que estão sendo analisadas pelo consórcio executor das obras", disse em nota a Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro. "A Emop acompanha a evolução das negociações para reinício dos trabalhos."

Segundo fontes do governo do Estado, os operários tem também demandas inusitadas, como a permissão para usar bermudas em dias de calor e para utilizar celulares pessoais nas obras.

Os operários chegaram a fazer uma manifestação na parte externa do Maracanã para chamar atenção para o problema. As obras de modernização e adaptação do estádio estão orçadas em cerca de 1 bilhão de reais. O estádio será um dos principais palcos da Copa das Confederações em 2013 e deve receber a final do Mundial em 2014.

Não é a primeira vez que uma obra da Copa tem paralisação. Em junho, operários que trabalham na reforma do Mineirão fizeram uma greve de quatro dias. Eles pediam aumento de salário e melhores condições, e aceitaram um acordo proposto em assembleia.

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