O G5 de SJB é do bem

Passei o dia visitando parentes de minha Dulcinéia no quinto distrito de São João da Barra, mais precisamente em Bajuru, comunidade simpática, "irmã" da aldeia espanhola de Toboso, terra natal do primeiro Quixote; tomei então conhecimento da existência de cinco vereadores da cidade, que se uniram através de um pacto muito forte e benéfico para toda cidade... como nada sabia sobre o assunto, em função de estar afastado da região há decadas, cultivando o meu obsequioso retiro do silêncio, fui informado que dois deles eram da região, Gerson e Franquis e os três da chamada "pedra", Alexandre, Kaká e Camarão; fiquei sabendo também que uma das grandes metas dos chamados "Cavalheiros do Bem", era combater os sonhos mirabolalantes de um certo investidor, que através de ações não muito dignas tentava transformar aquela região de honestos e sonhadores produtores rurais numa tal de Cidade X.
Parece que tudo era irreal no que ouvia, ao som de uma viola e tomando um gostoso cafezinho com broa de milho, e foi então que inspirado por forças invisiveis, mas sempre presentes em minha vida de apoio ao menos favorecidos, resolvi lançar uma campanha, logo aceita por todos, e até pelo já famoso para mim G5:
CIDADE X??????? NÃO!!!!!!! NÃO!!!!!!! NÃO!!!!!!!

Comentários

Anônimo disse…
Bem vindo Quixote!
Todavia, peço desculpas, mas, mesmo concordando, o faço em parte sobre o seu texto.
O que me encoraja é saber que o blog sempre teve suas manifestações voltadas para o respeito à democracia, da mesma forma que acolhe as opiniões formalizadas de maneira respeitosa.
Colaboro dizendo que observo já agora, apesar de toda a campanha de mídia efetuada para dizer o contrário, o entendimento cada vez maior da luta do chamado G5.
Apesar de tudo, estão entendendo que os Ilustres Vereadores estão de fato cumprindo com as suas prerrogativas: legislar e fiscalizar.
Agora, merece ser realçado que a população não estava e continua não estando preparada para tal nível de desenvolvimento.
Temos aqui uma região de tradicional atividade pesqueira e rural.
Daí, muito fortemente, qualquer outra coisa que apareça é estranho, é muito estranho, as reações são naturais, convenhamos.
Estão acostumados àquela "vidnha", sem muitas pretensões, onde bem pouco tempo atrás trabalhar na fábrica de bebidas dava estatura elevada na comunidade.
Incrível, muito menos pelo salário, mas pela garantia da carteira assinada e remuneração em dia.
Daí, passou-se a outro "estágio":
O EMPREGO PÚBLICO.
Trabalhar na Prefeitura suplantou a imagem anterior.
Até porque não se trabalha tanto assim, né?(rsrsrs).
Há, em consequência, um desestímulo a tentativas maiores, buscas por realização profissional técnica. etc., etc.
Pra que, né, tô muito bem aqui!
Vou lhe relatar ocorrência por mim presenciada:
Certo domingo, tarde/noite, fazia o costumeiro lanche em estabelecimento da cidade, quando pessoa que lá já estava foi interpelado por outro que chegou:
-- E aí, não foi mais bater aquela bolinha?
--Xi, rapaz, não tô podendo não! Vou diariamente para o Porto do Açu, tenho que acordar às cinco, pegar um ônibus às cinco e meia, aí tenho que dormir cedo todo dia.
E o pior, não pode atrasar, o ônibus sai na hora certinha e três faltas consecutivas perde o emprego.
--Mas pagam bem?
--Pagam bem e em dia, com todos os direitos, mas vou deixar, tô "p..." da vida. Quando colocaram um escritório para fazer "ficha" de emprego, pensei que fosse para trabalhar na Prefeitura, não nessa "fria" do Porto.
O resto da conversa foi em cima do tema e, mais veemente, para encerrar,
--Vou procurar fulano, pois soube que ele tá nomeando pra Prefeitura, e vc sabé né, lá a "boca" é boa e nem precisa trabalhar.
O Poder Público, caro Quixote, é e deve ser um bom empregador, quando, na comunidade ou áreas limítrofes não se tenha oportunidades.
Mas não é o que ocorre mais.
As oportunidades são abundantes, inclusive, com a oferta de cursos de especialização, graciosamente, para habilitação em áreas específicas.
Ou seja, só não trabalha quem não quer e, infelizmente, poucos querem.
Então, o melhor mesmo é ser funcionário da Prefeitura.
Veja bem, as estimativas apontam que em 10/15 anos, o índice populacional chegará em torno de 250.000 habitantes.
Parmem! Hoje, pelo último censo do IBGE, tem em torno de 32.000.
É fácil, então, chegarmos à conclusão que o sanjoanense é um "ser em extinção".
Felizmente, haverá uma natural oxigenação, com mudanças de hábitos, costumes, prática política e, em consequência, até, maior interesse do nativo em seu desenvolvimento pessoal.
Mas, como nem tudo são flores, teremos também as mazelas, minoradas, se houver a imaginada e desejada evolução cultural, com acompanhamento de política de obras públicas efetivamente com objetivos de bem servir à população.
Nada de gastos com shows mirabolantes, pistas disso e daquilo que ninguém usa, pracinhas embelezadas sem nenhuma criatividade para prática educacional, etc.
De maneira particular quanto ao quinto distrito, numa outra oportunidade, talvez, quem sabe, possa ser abordado.
De qualquer forma, sou agradecido pelo espaço.
Cadinho RoCo disse…
Dois pontos como prefácio ao meu comentário:
1- Não costumo ler comnetários antes de efetuar o meu, mas aqui agora li o registrado como anônimo.
2- Exatamente por estar no anonimato é que considero todo discurso esvaziado pela simples e elementar omissão da identidade do(a) autor(a).
Com relação ao G5, direi estarem estes veradores hoje numa posição profética. Trataram o dinheiro público no final de 2010, como fizeram agora a pouco ao avaliarem orçamento municipal para 2011, tal como posteriormente fez e faz a Presidente da República cortando 50 bilhões do orçamento federal 2011.
Os ditos vereadores estão em plena sintonia com a realidade nacional, sorte para São João da Barra que não deve e nem pode deixar de contar com a resistência da sua população quando querem, goela abaixo, enfiar no município uma Cidade X. A obra do Porto do Açu é particular, o progresso é de um empreendimento particular, nada a ver com a realidade política e social do município que nem precisa necessariamente de um porto pra crescer, posto contar em 2011, com mais de R$380 milhões de orçamento. Isso é dinheiro que dá pra qualquer município sério, com menos de 40 mil habitantes e governo sério, assumir sua própria emancipação. Vamos focar menos o Porto do Açu e mais os mais de R$380 milhões que, aí sim, é patrimônio do município.
Cadinho RoCo
Antonio disse…
Verdade?

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