Alzira Vargas: O parque do abandono
Este é o retrato do que podemos chamar de Parque do Abandono. O lugar que já foi sede de outras entidades de interesse público, ultimamente estava servindo à Guarda Civil do município de Campos. Recentemente uma obra de reforma foi ensaiada no local, mas só na fachada principal do prédio. Seu interior continua abandonado e servindo para a bandidagem se esconder. Semana passada uma pessoa foi atacada quando passava pelo local. É inadmissível que um espaço desse tamanho fique abandonado no Centro da cidade, podendo ser utilizado para diversas outras atividades, como: estacionamento público, atividades esportivas, parquinho para crianças, enfim...uma enormidade de possibilidades. Vale lembrar que o Alzira Vargas é rodeado de hospitais, supermercados, academias, faculdades e residências particulares. As fotos acima foram feitas no fim do governo passado. Resolvi repetir, pois não está muito diferente atualmente. Fica o registro.
Comentários
Certa vez, num momento de acomodação de muita tristeza de um quadro vivido, tinha em minha casa de praia uma papoula branca que teimava em me incomodar com a sua presença, eis que alguns galhos cresciam em direção a calçada, dentro do jardim, logo na entrada do portão, se postando defronte ao meu caminho.
Inúmeras foram as vezes que foram quebrados.
Na realidade, vi depois que jamais havia mesmo visto aquela papoula na minha vida, apesar de tão presente.
Resolvida a minha pendência de ordem emocional, descobria-a, certo dia, pois sempre se postou no mesmo lugar, no caminho do portão, mas, também, defronte da porta principal da sala, onde eu sempre fiquei diariamente numa poltrona assistindo a televisão.
Que descoberta fantástica naquele momento.
Passei a ver as flores brancas com outros olhos.
Elas me acenavam ao sabor da brisa dioturnamente e eu jamais as havia notado daquela forma, senão como intrusas.
Vivenciei naquele instante um dos maiores prazeres da minha vida: o conforto da natureza que sorria pra mim todo dia e eu não enxergava.
Por razões outras a casa ficou em desuso por elástico prazo e a papoula foi excluida do jardim.
Mas hoje, quando já de algum tempo, em novos tempos, passei a habitá-la, feliz, não me esqueço dela e o que para mim representou.
Por último, certamente que posso dizer que a recordação é muito forte e assim, sinto que ainda vejo aquela papoula branca.
(desculpe o texto longo, sendo compreensível a supressão).