Friburgo e Teresópolis em estado de calamidade pública

Imagem feita nesta manhã mostra a lama na cidade de Friburgo (Foto: Reprodução TV Globo)

Ao todo, o número de mortos em decorrência dos deslizamentos na Região Serrana chega a 57 pessoas. Esse número pode subir nas próximas horas, já que existem muitas pessoas desaparecidas.

Nova Friburgo

De acordo com informações do Blog da Serra, em 24 horas o volume de chuvas chegou a 260mm, muito mais do que o esperado para todo o mês de janeiro, cerca de 180 mm. O rio Bengalas transbordou e inundou todo o centro da cidade, barreiras deslizaram morro abaixo, soterrando casas e carros, a Praça do Suspiro, recém reformada, sumiu embaixo da lama que atingiu a Igreja de Santo Antônio.

Quatro bombeiros morreram e outros três estão desaparecidos. Uma senhora sofreu um infarto na Vila Amélia e não pode ser atendida a tempo, devido a inundação, falecendo. Ontem um prédio de três andares desabou em Olaria, matando um idoso e uma criança. Ainda não é possível saber o número de vítimas fatais e desabrigados pela falta de comunicação com a cidade. Luz e telefone não funcionam e o transporte coletivo está muito precário.

A garagem da 1001, em Duas Barras, está inundada e a ligacão com Rio e Niterói suspensa. A prefeitura está disponibilizando geradores para a UPA e o Raul Sertã, já que a luz só pode ser religada quando as águas baixarem.

A Defesa Civil decretou estado de calamidade pública. A rodovia RJ-116 que liga o Rio a Friburgo, devido as diversas quedas de barreiras ao longo da estrada, está fechada ao trânsito no Km 88, na altura de Furnas, e do Km 75, em Muri, ao Km 78, em Ponte da Saudade. Ainda não há previsão de liberação da via.

Teresópolis

PORTAL O REPÓRTER - A situação é extremamente delicada em Teresópolis, cidade da Região Serrana do Rio. O município foi, até o momento, o mais afetado pela forte chuva que começou na madrugada dessa quarta-feira (12). O número de mortes registradas em decorrência da tragédia chega a 54. Cerca de 50 estão desaparecidos e outros 1000 desabrigados.

Outra parte crítica na cidade diz respeito à comunicação. Internet e telefones fixos não funcionam, assim como diversas operadoras de celular. Além disso, praticamente todo o município está sem energia elétrica, incluindo tradicionais bairros como Várzea, Centro e Alto. Segundo a Ampla, empresa responsável pela distribuição, equipes estão trabalhando, mas, sem previsão para a restauração.

O prefeito da cidade, Jorge Mário, está reunido com autoridades do Estado, como o secretário do Ambiente, Carlos Minc, para discutir medidas de emergência.

Estima-se que os bairros mais atingidos tenham sido Jardim Serrano, Poço dos Peixes, Barra do Imbuí, Parque do Imbuí, Fazenda da Paz, Posse e Bonsucesso.
Os interessados em doar materiais higiênicos, água e alimentos não-perecíveis devem procurar o Ginásio Pedrão, que fica na Rua Tenente Luiz Meireles, 211, na Várzea. Quem está no Rio de Janeiro deve procurar a sede da Cruz Vermelha, na Praça da Cruz Vermelha, 12, no Centro.