A disciplina do amor- Lygia Fagundes Telles


"Estranho, sim. As pessoas ficam desconfiadas, ambíguas diante dos apaixonados. Aproximam-se deles, dizem coisas amáveis, mas guardam certa distância, não invadem o casulo imantado que envolve os amantes e que pode explodir como um terreno minado. Muita cautela ao pisar nesse terreno. Com sua disciplina indisciplinada,os amantes são seres diferentes e o ser diferente é excluído porque vira desafio, ameaça. Se o amor na sua doação absoluta os faz mais frágeis, ao mesmo tempo os protege como uma armadura. Os apaixonados voltaram ao jardim do paraíso,provaram da árvore do conhecimento e agora sabem..."

Comentários

Gianna Barcelos disse…
Sei lá Neto, acho que discordo um pouco ou muito do seu modo de pensar. Ao final explico a minha discordância.

Acho interessante em como hoje em dia é tão fácil AMAR. Ou dizer que AMAM.

O amor que eu conheço ele deve chegar de mansinho, sem fazer alardes, como quem não quer nada, conquistar uma amizade talvez e com ela a confiança mútua, o respeito a individualidade de cada um dos seres que formam o par, a cumplicidade caminha junto e, uma vez estabelecidos eles se abrem como um botão de uma flor.

Os amigos se aproximam e o casal quer seja num olhar, num toque nem precisa de palavras para se comunicar e, em duo, compartilham sua felicidade com os demais.

São pessoas resolvidas que sabem o que querem e com quem querem.

Eis porque discordo de você: Não existe motivo para que as pessoas fiquem desconfiadas diante dos que se amam de verdade. E, nem o casulo pode explodir a qq momento. Isto ocorre nos pseudos amores... mas, nos verdadeiros...os amantes cedem espaço para os amigos.

Poderia até me perguntar, mas este tipo de amor ainda existe? Obviamente que sim, basta plantar a sementinha...

Bom final de domingo

Postagens mais visitadas deste blog

Alzira Vargas: O parque do abandono

Carta de despedida de Leila Lopes