Minha crônica de sábado


Filosofando...
Walnize Carvalho

Vez por outra, ouve-se de alguém esta frase: “Fulana adora aparecer!”, seguida quase sempre de outra bem jocosa: “Só falta pendurar uma melancia no pescoço!”...
Quando ouço tais expressões, paro, olho bem para quem as verbaliza e, na maioria das vezes, vejo estampada em seus semblantes a palavra INVEJA e para este sentimento (?!?) a colocação que cai com uma luva é a que me disse, certa feita, uma amiga: “Só se inveja o que se admira”. Corretíssima, não acham?
O ser humano (sem pecado algum) é vaidoso. A prova mais simples desta constatação é que se troca de roupa todos os dias (não só por questão de higiene) mas por prazer de estar bem vestido, enfeitado e até notado.
Os que são artistas (diga-se os que lidam com a Arte) como músicos, cantores, pintores, atores, escritores, poetas – coitados – são os que mais se posicionam na mira de observação. E se fazem Arte bem feita, com esmero, dedicação, assiduidade, respeito e profissionalismo, logo, logo adquirem credibilidade, brilho e projeção provocando desespero nos que estão a observá-los.
E os voluntariosos ,que pensam no próximo e vivem no anonimato fazendo sua boa ação?Também sofrem retaliações do tipo “falso modesto”.
No plantão dos invejosos, indivíduos insones esperam um “dó” fora de hora, uma pincelada a mais, um erro de grafia, um verso sem poesia, um tropeço no palco da vida.
Esquecem, criaturas nefastas, que Dom não se acha na esquina.É preciso vocação e talento.
De minha parte, sem inveja nem despeito, louvo sempre o sucesso dos outros .
No mais, é não esquentar a cabeça, sentar-se à sombra de uma árvore ouvindo uma canção suave, lendo um bom livro ou, então, saboreando uma fruta doce e refrescante. Uma fatia de melancia cai bem...

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